O vice-presidente do Sinpoljuspi (Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria de Justiça do Piauí), Kleyton Holanda, conta que o crime ocorreu durante o banho de sol. Jônatas teria sido atacado por vários presos com objetos perfurantes. O detento chegou a ser socorrido pelos agentes penitenciários, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao dar entrada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). 

Para Kleyton Holanda, Jônatas é "mais uma vítima do sistema prisional". O vice-presidente culpa a superlotação, que segundo ele colabora para a violência dentro dos presídios, tornando o ambiente do lugar ainda mais estressante. "Uma palavra mal falada, uma ofensa de pequena monta, o simples derramamento de um líquido dentro da cela já vira motivo para uma tragédia como essa", relata. 

Kleyton afirma que em casos como este, em que vários presos participaram do assassinato, é difícil que um agressor seja punido. "O trato com esse tipo de ocorrência já se tornou normal. Presos não são punidos nem condenados por esses assassinatos, acham que nada vai acontecer com eles", disse.

O vice-presidente informa que, em 2016, já ocorreram 16 mortes de pessoas sob custódia da justiça do Piauí. O número é formado tanto de casos de assassinato dentro das unidades prisionais como também relacionados a saúde e presos no regime semiaberto e sob monitoramento eletrônico que são executados em liberdade. As mortes já representam metade do número em todo o ano de 2015, em que foram registradas 31 mortes.