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Detentas da Penitenciária Feminina fazem motim durante vistoria

Segundo Sinpoljuspi, motim teve início no momento em que as agentes realizavam uma vistoria nas celas.

03/06/2015 16:16

A Penitenciária Feminina de Teresina sofreu um princípio de rebelião por volta das 14h30 desta quarta-feira (3), no momento em que era realizada uma vistoria na unidade, que fica localizada no km 7 da BR 316.

De acordo com Kleiton Holanda, diretor administrativo do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), o motim teve início no momento em que as agentes realizavam uma vistoria nas celas. "Algumas detentas começaram a se agitar e, por precaução, as agentes interromperam a vistoria e fecharam imediatamente os acessos ao setores administrativos, para evitar possíveis fugas ou ataques", relata o sindicalista.

Conforme as informações preliminares colhidas pelo Sinpoljuspi, as detentas rebeladas teriam retirando pedras e pedaços de concreto da estrutura do presídio para arremessar em direção aos servidores da penitenciária.

Uma equipe do Samu está no local para realizar atendimentos de presas ou de agentes que eventualmente sofram algum ferimento.

A tropa de choque da Polícia Militar foi acionada para controlar a situação, e agentes de outras unidades penais também foram encaminhados à Penitenciária Feminina para reforçar a equipe que trabalha no local.

Kleiton Holanda alerta que, semelhante ao que ocorre em todos os presídios do Estado, a Penitenciária Feminina também está superlotada. Embora tenha capacidade para abrigar apenas cerca de 100 presas, atualmente estão encarceradas no local quase 150 mulheres, divididas nos dois pavilhões. "A unidade está superlotada e o espaço é muito pequeno. Está se prendendo muito e essas mulheres estão ficando amontoadas nas celas. Além disso, faltam agentes penitenciários em todos os presídios. Para piorar, na Penitenciária Feminina as servidoras são senhoras de idade, que não têm mais vigor físico para conter as presas, mais novas e mais fortes", adverte Holanda.

O sindicalista acreditam que as detentas tenham iniciado o motim justamente para protestar contra a superlotação e a estrutura precária das celas.

O Sinpoljuspi defende que o Governo do Estado construa pelo menos mais um presídio feminino na capital. Além disso, a entidade afirma que o Hospital Penitenciário Valter Alencar, em Altos, precisa de uma ampla reforma. 

Sejus diz que não houve rebelião

A Secretaria de Justiça evita classificar o episódio como uma rebelião. De acordo com a assessoria de imprensa da pasta, o que ocorreu, na realidade, é que algumas presas teriam resistido á revista.

"Não houve rebelião na unidade. De acordo com a gerência da penitenciária, um grupo formado por seis internas resistiu à vistoria, um procedimento de segurança padrão, que acontece em todas as penitenciárias do Estado. O grupo foi levado para uma cela isolada, onde cumpre medida disciplinar de isolamento por 10 dias. A vistoria é realizada com o apoio da Diretoria de Inteligência e Proteção Externa (Dipe), da Secretaria Estadual de Justiça. Atualmente, a Penitenciária Feminina de Teresina possui 146 detentas. A equipe que realizou o procedimento não encontrou objetos proibidos nas celas da unidade", informou a Sejus, por meio da assessoria de imprensa.

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