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Denúncia por apologia ao nazismo demora 8 anos para ser julgada

No Facebook, réu disse que o Brasil precisa de um novo holocausto. Ele responde a outro processo como membro da Irmandade Homofóbica.

04/12/2017 14:19

Tramita desde 2013 um inquérito policial instaurado pela Delegacia de Crimes Virtuais, que investigou os crimes de manifestação de ódio contra LGBT, negros, judeus e apologia ao nazismo, praticados através das redes sociais. A primeira audiência na 9º Vara Criminal foi marcada somente para 2021, ou seja, oito anos depois de oferecida a denúncia.

O réu chama-se Lucas Veríssimo de Sousa, que já responde a outro processo como suposto membro da Irmandade Homofóbica. Em novembro aconteceu a primeira audiência de instrução sobre esse caso, mas o julgamento foi adiado para o mês de maio, devido à ausência de algumas testemunhas.

No processo por apologia ao nazismo, o Ministério Público ofereceu a denúncia com base na análise do IP do computador de Lucas Verísssimo, acusado de criar o perfil “Resistência NS Piauí”, através do qual postava mensagens de conteúdo racista e homofóbico. Em uma das postagens, o administrador da página escreveu que africanos são ladrões, traficantes, assaltantes e fedorentos. Em outro texto, ele defendeu que “o Brasil precisa de um novo holocausto”.

As denúncias contra Lucas Veríssimo têm pena de até cinco anos de prisão e pagamento de multa. A punição pode ser maior porque os crimes de apologia ao nazismo e manifestação de ódio contra LGBT, negros e judeus foram praticados através da internet.

O Portal O DIA não conseguiu contato com o réu. Seu advogado informou que só atua no processo relacionado à Irmandade Homofóbica. 


Por: Nayara Felizardo
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