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Especialistas creem que jovem matou a tia psicóloga por motivação de gênero

O adolescente está internado no Centro Educacional de Internação Provisória (CEIP) desde que foi apreendido pela Polícia Civil, em 30 de junho, cinco dias após o crime.

05/10/2017 10:16

Acontece na manhã desta quinta-feira (5) a audiência de instrução do caso do jovem acusado de assassinar a própria tia, a psicóloga Joaquina Maria Pereira Vieira de Barros, em 25 de junho deste ano. O crime aconteceu na residência da vítima, localizada no bairro Macaúba, zona sul da capital. 

Além do adolescente, testemunhas serão ouvidas pelo juiz Reginaldo Pereira Lima de Alencar, titular da 2º Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Teresina. 

O adolescente está internado no Centro Educacional de Internação Provisória (CEIP) desde que foi apreendido pela Polícia Civil, em 30 de junho, cinco dias após o crime.

O delegado Danúbio Dias, que investigou o crime, é um dos que vai falar como testemunha durante a audiência, que acontece no Complexo da Cidadania, bairro Redenção, zona sul de Teresina.

O delegado Danúbio Dias é ouvido como testemunha pelo juiz da 2ª Vara da Infância e da Adolescência (Foto: Elias Fontinele / O DIA)

A Polícia Civil suspeita que o crime teve motivações de gênero, pois o adolescente não soube dizer o que, especificamente, teria motivado o assassinato.

O jovem chegou a colocar uma coleira no pescoço da psicóloga, embora a autópsia tenha demonstrado que ele não chegou a usar o instrumento para enforcá-la.

"Motivo, na realidade, ele não teve. Ele matou por desejo, que, segundo ele, foi motivado por um ódio, e um ódio impessoal, não direcionado a ela, especificamente [...] Já que a vítima foi uma mulher, e ele vestiu na vítima uma coleira, os especialistas dizem que, possivelmente, esse ódio dele é direcionado para o gênero feminino", afirmou Danúbio Dias, momentos antes de entrar na sala onde ocorre a audiência de instrução.

O adolescente chegou a morar um tempo com a tia, mas na época do crime ele já não estava na casa da psicóloga. Segundo o delegado, testemunhas ouvidas durante a instrução do inquérito policial disseram que o jovem aparentava ser uma pessoa "normal". 

A psicóloga Joaquina Maria Pereira Vieira de Barros foi assassinada no dia 25 de junho (Foto: Arquivo da família)

A psicóloga Joaquina de Barros foi morta com um golpe de faca no pescoço, e seu corpo foi achado pela filha, de apenas 9 anos. Em depoimento ao delegado, o adolescente teria confessado que pensou em matar também a criança.

Adolescente pode ficar no máximo três anos internado

Como a audiência desta quinta-feira acontece apenas para instrução processual, o destino do jovem não será definido por enquanto. Mas o delegado Danúbio Dias ressalta que a Justiça só poderá impor uma medida privativa de liberdade de no máximo três anos, conforme dispõe o artigo 121, § 3º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990).

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Por: Cícero Portela
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