A Polícia Militar prendeu, no
final da noite de ontem (15), uma dupla acusada de praticar vários assaltos na
região de União e que planejavam suas ações trocando mensagens de áudio por
meio do Whatsapp. No aplicativo, eles criavam grupos onde compartilhavam
informações sobre a rotina de suas vítimas e davam coordenadas uns aos outros
sobre como deveriam ser feitas as abordagens, de modo a não chamarem a atenção
da polícia e facilitarem as fugas.
A prisão aconteceu na rodovia PI-112, entre União e o Povoado David Caldas, quando uma viatura do 16º BPM fazia rondas. “Nós avistamos dois indivíduos saindo de uma estrada vicinal em direção à estrada e fizemos a abordagem, mas eles aceleraram e tentaram fugir. Então iniciamos uma perseguição, que terminou com a condução dos dois à delegacia da cidade”, relata o capitão Miguel Luz, comandante da Polícia Militar de União.
Com a dupla, foi encontrado um revólver calibre 32 municiado, mas apenas um dos presos confessou ser o dono da arma. Trata-se de Luís Felipe Evangelista de Oliveira, 23 anos, que foi autuado por porte ilegal. O outro rapaz, de nome José Waltein de Araújo Barbosa Júnior, acabou tendo que ser liberado. O capitão Miguel Luz explica: “Como o crime naquela situação era o porte da arma, o outro rapaz que estava com o Felipe não foi autuado, porque o revólver não era de propriedade dele”.
A PM informou que tanto Luís Felipe, quanto José, já tinham passagens pela polícia por assaltos a mão armada, roubos e furtos em União e Teresina.
Mensagens
Nas mensagens trocadas, os suspeitos planejavam um assalto a um estabelecimento comercial em União e davam detalhes da rotina do proprietário e de sua família. De acordo com o capitão Miguel Luz, em vários áudios, os suspeitos repetiam que deveriam agir com cuidado, porque o filho do dono tinha porte de arma e poderia resistir. Noutras mensagens, eles combinavam horários e detalhes da chegada e da fuga, além de fazerem planos com o dinheiro que seria subtraído do estabelecimento.
O celular com as mensagens foi entregue à Polícia Civil, que está trabalhando para identificar os outros envolvidos nas ações.
Por: Maria Clara Estrêla