Uma nova morte foi registrada na Casa de Custódia de Teresina na madrugada deste domingo, dia 22 de maio. Inicialmente, o Sindicato dos Agentes Penitenciários informou que a vítima teria sido José Carlos Pacheco de Araújo. Mas, na realidade, quem morreu foi Antônio Francisco Rodrigues. [A informação foi corrigida às 17h15 desta segunda-feira, 23 de maio de 2016] 

Segundo Kleiton Holanda, vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, desde as 5 horas da manhã foi informado que uma pessoa estava dependurado nas grades da cela 3 do pavilhão H. 

Casa de Custódia de Teresina (Foto: Elias Fontinele / O DIA)

O sindicalista afirma que ainda não é possível determinar se o preso realmente foi assassinado e qual teria sido o motivo do crime, mas tudo indica que ele foi morto por conta da superlotação na unidade.

"Isso se deve à luta por espaço. A Casa de Custódia passa por um problema gravíssimo no que se refere à sua estrutura e à superlotação. Houve tempo em que os presos chegavam ao presídio e morriam rapidamente, porque os demais não aceitavam a entrada de mais pessoas. Além disso, está havendo um remanejamento constante dos presos, porque muitas celas estão danificadas, o que tende a agravar a situação", detalha Kleiton Holanda.

Até as 9 horas da manhã deste domingo, os agentes penitenciários ainda aguardavam a chegada da perícia técnica, da Delegacia de Homicídios e do Instituto Médico Legal, para que o corpo pudesse ser removido. 

Esta é a 20ª morte registrada no sistema prisional só este ano, envolvendo assassinatos, problemas de saúde e detentos em regime semi-aberto que foram mortos fora dos presídios. 

Dentro das unidades penais, este ano já ocorreram oito homicídios. Só na Casa de Custódia já chega a seis o número de assassinatos, e boa parte deles ocorreram no pavilhão H. 

O crime será investigado pela Delegacia de Homicídios.

Tentativas de fuga

O Sindicato dos Agentes Penitenciários também informou que, neste fim de semana, houve tentativas de fuga na Penitenciária Mista de Parnaíba e do Hospital Penitenciário, ambas abortadas pelos agentes de plantão.

Por: Cícero Portela