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Bombeiros controlam incêndio, mas novos focos surgem próximo a condomínio

Imensa cortina de fumaça se formou em bairros da zona leste, como Vale do Gavião, Vale Quem Tem e Uruguai.

13/10/2016 18:50

Dois focos de incêndio num matagal próximo ao Condomínio Jardins do Leste, formam uma grande cortina de fumaça nos bairros Vale do Gavião, Vale Quem Tem e imediações.

Mais cedo, um incêndio havia se alastrado em outro ponto na mesma área, e ameaçava atingir as residências do condomínio. Por volta das 17h50, a reportagem d'O DIA entrou em contato com o Corpo de Bombeiros para saber se ainda havia equipes no local. O militar que atendeu a ligação, contudo, disse que as equipes já haviam controlado as chamas e retornado para o quartel.

Ao chegar no local, por volta das 18h20, a reportagem identificou os dois novos focos de incêndio, um localizado a menos de 500 metros das residências, à margem da Avenida Dr. Nicanor Barreto, e outro mais afastado, no meio  do matagal.

Moradores do condomínio reclamam que o excesso de fumaça tem provocado irritações nos olhos, nariz e garganta, além de problemas respiratórios. 


Segundo o Governo do Estado, o Corpo de Bombeiros está com todo o seu efetivo destacado para as ações de enfrentamento aos focos das chamas. São cerca de 60 profissionais da corporação em diligências nas zonas rural e urbana de Teresina.

 

Bombeiros estão tendo que se desdobrar para conseguir atender todas as ocorrências na capital (Fotos: Paulo Barros / CCom)

“O combate a incêndios em vegetação exige capacitação. Se formos empregar o pessoal do Exército, por exemplo, isso exige um treinamento específico. Mas eles dão um apoio muito importante no carro de abastecimento, e ao ceder veículos e parte das suas estruturas de apoio, como o trator de esteira. São equipamentos de apoio que podem auxiliar na nossa atividade”, destacou o major Veloso, chefe do departamento de Relações Públicas do Corpo de Bombeiros.

 

Defesa Civil também foi acionada pelo Governo e vai ajudar os bombeiros no combate aos incêndios (Fotos: Paulo Barros / CCom)

O período de baixa umidade somado à vegetação seca fazem dos terrenos baldios e matas nativas verdadeiros campos de propagação das chamas, alerta o Corpo de Bombeiros. Somado a esses fatores, o uso da técnica de queimada para a limpeza de terrenos é um dos principais causadores dos focos de incêndio.

 

O governador Wellington Dias liberou, nesta quinta-feira (13), R$ 3 milhões para a compra do horário de folga dos bombeiros para reforçar o trabalho de combate a incêndios em todo o território piauiense (Foto: Paulo Barros / CCom)

“Estamos tendo uma situação histórica. Essa situação de diversos incêndios em vegetação é atípica. Incêndios em vegetações na mata têm um perfil bem diverso porque o bombeiro não faz o combate ao incêndio. O fogo se expande de forma radial e o perímetro vai crescendo ao redor do foco inicial das chamas. As frentes dos incêndios têm de um a cinco quilômetros de extinção. É uma situação bem diferente em relação ao combate ao incêndio típico. O que é feito é justamente a preservação do patrimônio que está em risco. Se esse incêndio avança na direção de uma comunidade, as equipes fazem todo o procedimento para a proteção daquele perímetro”, explica o major Veloso.

 

Por: Cícero Portela
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