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Assaltantes receberiam R$ 5 mil cada para roubar carga de R$ 4 mi em fazenda

Operação Toxicum: ao todo, nove pessoas já estão presas e apenas uma segue foragida. Polícia faz amanhã a reconstituição da tentativa de assalto à fazenda Serra Branca.

28/11/2016 07:45

A Polícia Civil apresentou na manhã de hoje (28) todo o material apreendido durante a Operação Toxicum e o esquema de funcionamento da quadrilha desarticulada na ação. A operação, que tinha o objetivo de combater o roubo de defensivos agrícolas em fazendas nos Estados do Tocantins, Maranhão e Piauí, terminou com um saldo de nove presos e uma pessoa foragida.


Armas e equipamentos apreendidos durante a Operação Toxicum (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

De acordo com o responsável pelas investigações, delegado Matheus Zanatta, cada integrante da quadrilha iria receber a quantia de R$ 5 mil para roubar a carga de defensivos agrícolas avaliada em R$ 4 milhões, da fazenda Serra Branca, em Uruçuí. O crime aconteceu na noite do dia 12 de novembro e terminou em confronto com a Polícia Militar e um dos assaltantes morto.


Caminhão usado no roubos de insumos (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

No organograma apresentado pela polícia consta como presos: Cléber Batz, que é o líder da quadrilha, Alexandre, que seria o gerente da fazenda de Cléber no Maranhão, João Marcos, Marcos, Luan Botelho, Sancley, um menor de iniciais L.A.A, e Lucas Menezes. O único foragido foi identificado pelo nome de Robson e a polícia afirma já ter pistas de seu paradeiro.

“Todos os presos são do Tocantins. Era um grupo muito bem hierarquizado, com o Cléber Batz sendo o líder, o Alexandre sendo o gerente da fazenda do Cléber e também o responsável por recrutar os executores dos crimes. Dentre esses executores tem um menor. Eles eram os responsáveis por monitorar o funcionamento da propriedade-alvo e organizar a investida”, detalhada o delegado.

Ainda Segundo Zanatta, a carga de R$ 4 milhões que o grupo tentou roubar da fazenda Serra Grande seria utilizada pelo líder da quadrilha em sua própria fazenda, na cidade de Passos Bons, no Maranhão. A propriedade, de acordo com a polícia, é bastante vasta e no local foram apreendidos 12 tratores e material agrícola avaliado em cerca de R$ 5 milhões.


Insumos avaliados em R$ 4 milhões e apreendidos durante roubo na fazenda Serra Branca (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Prisão do líder

Cléber Batz foi preso ao desembarcar de um avião no aeroporto de Goiânia. Ele vinha do Rio Grande do Sul para encontrar com um comparsa na cidade. O delegado regional de Uruçuí, Bruno Ursulino, explica como foi montada a operação para prender Cléber. “Nós conseguimos informações através da integração entre as polícias DE Goiás, do Rio Grande do Sul e do Tocantins e sabíamos que que o Cléber estava vindo do Rio Grande do Sul para Goiás, mais precisamente em Goiânia. Conseguimos a informação sobre em qual avião ele estava vindo e qual horário que ele iria chegar e, então, remanejamos as aeronaves no aeroporto de Goiás e aí conseguimos efetuar sua prisão justamente quando ele desembarcou da aeronave”, explica o delegado Bruno.

Ela acrescenta ainda que foi a prisão de Cléber que marcou o início da operação em todo o Tocantins, bem como no cumprimento de buscas na fazenda dele no Maranhão. Durante essas buscas, que resultaram na apreensão de munições calibre 12, calibre 380 e um carregador de pistola, foi que a polícia conseguiu prender Alexandre, o gerente da propriedade. Segundo o delegado Zanatta, ele estava em um veículo roubado e tentou fugir da polícia. Alexandre acabou sendo autuado na delegacia de Passos Bons e já foi trazido para Uruçuí, junto com os demais presos.


Carro roubado encontrado na fazenda de Cléber Batz (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A polícia pretende fazer amanhã (29) a reconstituição da tentativa de assalto à fazenda Serra Branca.

Por: Maria Clara Estrêla
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