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Alegrete: Peritos vão colher amostras de sangue em objetos encontrados

Serão enviadas para análise amostras de sangue em um par de botas e em uma das vestes encontradas no local do crime.

31/08/2015 12:17

Os peritos do Rio Grande do Sul (RS) estão em Teresina e vão seguir viagem à cidade de Alegrete do Piauí a fim de colher amostras encontradas no local onde aconteceu uma chacina no último dia 18. Seis pessoas da mesma família foram mortas a tiros dentro de uma residência no povoado Boa Vista. 

Adilana Gomes Soares, perita do IML do Piauí; Carlos Frederico Belfort, perito do IML do Piauí; Marcos Antônio Araújo, Diretor do IML do Piauí e Bianca Almeida, perita do IML do Rio Grande do Sul.

Amostras de sangue em um par de botas e em uma das vestes encontradas no local do crime e em locais próximos devem ser colhidas para análise. O material será levado para exames de DNA no Rio Grande do Sul para tentar identificar o autor dos disparos que mataram as vítimas. A parceria com o IML do Rio Grande do Sul se deu por necessidade, uma vez que o Piauí não tem ainda laboratório de análise comparativa de DNA, é que afirma o diretor do IML piauiense, doutor Marcos Antônio Araújo.

Além das botas e das vestes, foram recolhidas quatro cápsulas de projéteis deflagrados que também serão comparados com o DNA dos suspeitos. Segundo a perita gaúcha Bianca Almeida, esses projéteis contêm digitais de quem os colocou na arma usada no crime.

Um dos peritos que vieram do Rio Grande do Sul segue em viagem ainda hoje (31) para Paulistana para colher amostras das cinco pessoas que estão presas. Essas amostrar são secreções corporais como a saliva. De acordo com a perita Adilana Soares, essas amostras têm que ser cedidas voluntariamente pelos suspeitos. “Eles assinam um termo de cooperação, mas só se quiserem. Se eles se recusarem, então não se pode fazer nada', diz. Ela informou que todos os suspeitos afirmaram que irão colaborar com as investigações e não houve nenhuma resistência até o momento.

Os peritos ainda não têm um prazo ainda para que esses exames de DNA fiquem prontos, mas, em geral, eles demoram cerca de uma semana para serem feitos e apresentarem os resultados.

Custos e parcerias

O diretor do IML do Piauí informou que cada kit de investigação contendo os reagentes necessários para exames de DNA custam em média R$ 17 mil e que com ele podem ser feitos até 200 exames. Como o Piauí ainda ão possui um laboratório com a estrutura que permita fazer este tipo de exame, o Estado está fechando uma parceria com Pernambuco para dar mais agilidade na solução de crimes contra a vida que precisem deste tipo de perícia.

A nossa intenção é resolver, em conjunto com os peritos pernambucanos, até cinco casos por mês, o que totaliza 60 casos por ano. Nessa parceria, o Piauí vai comprar os kits com reagentes de DNA e Pernambuco vai entrar com o material humano e a infraestrutura que nós ainda não temos", explica o doutor Marcos Antônio, diretor dom IML.

Entenda o caso

Seis pessoas da mesma família foram mortas na noite do dia 18 deste mês em um povoado na região do município de Alegrete do Piauí. De acordo com a polícia, a chacina se deu por vingança, devido a um homicídio que teria sido comandando por uma das mulheres mortas.

Maria do Socorro, a 'Galega', seria suspeita de ter participado da morte de uma amiga, Ciamara Ramos, ocorrida em outubro de 2012 e também de ter participação na morte de George Francisco de Carvalho que seria testemunha do primeiro crime ocorrido. 

Cinco pessoas tiveram a prisão preventiva decretada, acusada de participação no crime. Todos são familiares do professor George Francisco Carvalho, assassinado em junho. 


Edição: Nayara Felizardo
Por: Ithyara Borges (Estagiária) e Maria Clara Estrêla
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