O secretário de Segurança do Estado, Fábio Abreu, confirmou, na manhã de hoje (19) que a residência onde viviam as vítimas da chacina ocorrida ontem (18) em Alegrete do Piauí vinha sendo monitorada pela polícia em razão do suposto envolvimento de uma das moradoras em dois assassinatos na região em 2012 e junho deste ano.

Para o promotor de justiça do município de Fronteiras, já havia suspeitas de que Maria do Socorro de Carvalho , a Galega, vinha ameaçando o professor George Francisco Carvalho porque ele iria depor contra ele no processo do homicídio de Ciamara Ramos, ocorrido em 2012.

“O George estaria sendo ameaçado pela Maria do Socorro por ele ter sido citado como testemunha no caso da morte da Ciamara. Dias antes de se apresentar à Justiça para contar o que sabia, ele foi assassinado”, conta o promotor Edgar Bandeira. Ele informa ainda que a família do professor já teria acionado a Justiça denunciando que se sentia insegura com a presença de Maria do Socorro após a morte de George Francisco. (foto abaixo). Ele foi assassinado com um tiro na cabeça e outro nas costas em uma estrada vicinal de Alegrete no dia 07 de junho deste ano. Na ocasião, seu corpo foi encontrado por populares que tentaram prestar socorro, mas o professor não resistiu aos ferimentos. George Francisco era monitor do Projovem Campo em Alegrete.

De acordo com o comandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Carlos Augusto, policiais de Alegrete já haviam efetuado a prisão de Maria do Socorro por porte ilegal de armas algumas semanas depois do assassinado de Ciamara Ramos em cumprimento a um mandado de busca de apreensão em sua residência.

“A polícia vinha investigando a moça porque ela já havia sido citada como suspeita em depoimentos do processo. Na casa dela foram encontradas 10 armas . Ela foi levada para a delegacia e lá acabou sendo liberada porque pagou fiança e disse que as armas eram usadas pra caça”, explica o coronel Carlos Augusto.

O crime

Seis pessoas da mesma família foram assassinadas dentro de casa no povoado Boa Vista , em Alegrete do Piauí, na noite de ontem (18). O crime, segundo a polícia, tem características de pistolagem  e teria relação com outros dois homicídios ocorridos na região em 2012 e junho de 2015.