Francisco Marcelo Brás, 29 anos, acusado de estuprar e matar cruelmente uma idosa de 70 anos em Batalha, conhecia a vítima e costumava frequentar sua residência acompanhado de suas irmãs. A informação é do delegado Dênis Sampaio, que coordenou a prisão do acusado. De acordo com ele, a idosa já teria prestado assistência a Marcelo inúmeras vezes, inclusive lhe dando comida.

Ele é apontado como o autor do crime ocorrido na última terça-feira na cidade de Batalha a 165 quilômetros de Teresina. Ele teria entrado na residência de uma idosa de 70 anos, a estuprado e, em seguida, a matado. A ocorrência gerou uma imensa revolta na população do município, que começou a auxiliar a polícia nas buscas pelo suspeito.

De acordo com o delegado Dênis, Marcelo passou os últimos dias escondido em um matagal que cerca o bairro Formigueiro, onde o crime aconteceu. “Nós sempre recebíamos informações de que ele havia sido visto, mas quando chegávamos ao local, ele já havia se evadido. E quando foi na noite de ontem, a partir de uma informação precisa, conseguimos efetuar sua prisão no bairro Cohebe”, explica o delegado.

Após Marcelo ser autuado, ele foi encaminhado para a Delegacia de Batalha, de onde teve que ser retirado às pressas por conta da revolta da população com o crime. Os moradores tentaram invadir a delegacia e tirá-lo do poder da polícia para linchá-lo. A ação foi impedida pelos policiais, que imediatamente transferiam Marcelo de cidade. Questionado sobre para onde o acusado teria sido levado, o delegado Dênis preferiu não repassar a informação, uma vez que isso poderia acirrar novamente os ânimos da população de Batalha.

O acusado

Francisco Marcelo Brás apresentava um comportamento arrogante e agressivo para com a família e os conhecidos, foi o que afirmou a polícia. Isso foi que levou suas irmãs e a própria mãe a solicitarem da Justiça uma medida protetiva que o obrigasse a manter distância delas. Segundo o delegado Dênis Sampaio, Marcelo já tinha um histórico de agressões e a própria idosa que ele teria estuprado e matado na terça-feira (25), já teria dito inúmeras vezes que tinha medo dele.

“O interessante é que apesar de dizer que tinha medo dele, ela nunca deixou de ajuda-lo. Sempre que ele ia até a casa dela pedindo comida ou um cigarro que fosse, ela sempre dava, sempre tentava ajuda-lo de alguma forma. E veja como tudo terminou”, finaliza o delegado.

Dênis Sampaio ainda não ouviu Marcelo Brás por conta do tumulto que se instalou em Batalha após sua prisão. A tomada de depoimento do acusado deve acontecer nos próximos dias, assim como o recolhimento das falas dos filhos da idosa e das irmãs e da mãe do acusado.

Por: Maria Clara Estrêla