Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

"œCobrei o governador do RJ até pelo whatsapp", diz mãe de Eduardo

Família de menino morto no Complexo do Alemão receber indenização do Estado.

13/06/2015 10:28

A piauiense Teresinha de Jesus, mãe do menino Eduardo, morto em uma operação policial ocorrida no dia 2 de abril, no Complexo do Alemão, no Rio de janeiro, disse que ainda não recebeu o dinheiro da indenização. De acordo com a imprensa carioca, o governador Luiz Fernando Pezão, teria determinado o depósito do valor na quinta-feira (11) e o recurso já estaria disponível na conta dos pais de Eduardo no dia seguinte. O valor não foi informado.

Foto: Elias Fontinele/ODIA

Teresinha de Jesus, no entanto, disse ao PortalODIA que ainda não está com o dinheiro em mãos e que somente na segunda-feira vai confirmar se a indenização foi mesmo depositada. “Eu recebi um e-mail da Secretaria de Direitos Humanos, informando que o Estado havia liberado”, disse Teresinha.

Por determinação do governador do Rio de Janeiro, o processo correu em rito sumaríssimo, ou seja, mais rapidamente. Por outro lado, Teresinha acredita que foi a pressão feita por ela que agilizou. “Há quatro dias mandei uma mensagem de Whatsapp para o governador. Eu disse que ia levar minhas malas para a frente do Palácio da Guanabara se ele não resolvesse logo”, conta a mãe de Eduardo.

Desde que o crime aconteceu a família está separada, pois não pode voltar para a casa onde moravam, devido às supostas ameaças de policiais. Depois que enterrou o corpo do filho no Piauí, Teresinha e o marido José Maria Ferreira ficaram hospedados por 15 dias em um hotel pago pelo Governo do Rio de Janeiro. Passado esse tempo, eles tiveram que sair e se dividiram entre as casas de familiares, pois não cabem todos no mesmo local. “Tiraram meu filho e agora afastam a minha família”, lamenta Teresinha.

Mesmo com o pagamento da indenização, a piauiense diz que ainda não pode vir para o seu Estado de origem, pois tem que resolver algumas pendências em relação ao processo contra o policial que teria atirado no seu filho. “Ainda vou fazer um exame de DNA para comprovar se a massa encefálica que ficou na parede da casa era mesmo do Eduardo”, disse a mãe.

Mais sobre: