Desrespeito à legislação, é como
o prefeito Firmino Filho define o Uber, sistema de transporte privado por meio
de aplicativo, operado pela multinacional e recém-chegado a Teresina. Para o
prefeito, a partir do momento em que a empresa se instala na Capital, ignorando
a Legislação Municipal, “ela demonstra uma postura agressiva e arrogante em
relação à própria cidade”.
Questionado sobre a polêmica na Câmara Municipal envolvendo o serviço, Firmino afirmou que desconhece qualquer projeto de lei que disponha diretamente sobre o Uber e que proíba o a empresa de atuar em Teresina. “Não temos conhecimento de nenhum projeto de lei que tenha sido votado sobre o Uber. Esse ano foi votado, e já está sancionado e publicado, o projeto de lei que trata da modificação nas multas para transporte clandestino e isso está inclusive em vigor”, explica o prefeito.
Firmino destaca ainda que Teresina conta com um sistema de transporte de táxi estabelecido em lei e que o Uber vai de encontro à regulamentação municipal para o setor, estando, portanto, sujeito às penalidades que a lei impõe.
No último dia 24, o Uber começou a operar em Teresina, oferecendo transporte privado de passageiros e como uma alternativa a mais à população. No entanto, a implantação do serviço em Teresina foi recebida com críticas por parte, principalmente do poder público. Embora já opere em mais de 30 cidades brasileiras e com o aval da Justiça, pelo fato de não se encaixar na legislação municipal para o transporte de passageiros, o serviço vem sendo alvo de contestações também por profissionais do setor, como taxistas e mototaxistas.
A Superintendência de Trânsito de Teresina (Strans) informou, no dia que o Uber entrou em operação na cidade, que os motoristas que forem flagrados transportando passageiros de forma remunerada e sem autorização do poder público, terão seus veículos apreendidos, os passageiros retirados, e estarão sujeitos à cobrança de multa.
Por: Maria Clara Estrêla, com informações de Ithyara Borges