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"œMPF está procurando holofotes para se proteger da inércia", diz advogado

Desagravo público em face do procurador da república Marco Aurélio Adão ocorre após o MPF entrar com ação contra a OAB e mais 15 advogados previdencialistas

06/05/2016 14:28

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, organizou um ato contra o Ministério Público Federal nesta sexta-feira (06). O desagravo público em face do procurador da república Marco Aurélio Adão ocorre após o MPF entrar com ação contra a OAB e mais 15 advogados previdencialistas que estariam fazendo cobranças abusivas de honorários advocatícios.

Fotos: Elias Fontinele/ODIA

Os advogados contestaram a medida do MPF em um protesto em frente à sede do órgão. Segundo o presidente da OAB, Chico Lucas, o ato tem como objetivo restabelecer a dignidade dos advogados. “Não contestamos a ação do MPF, mas a justificativa dada de que as ações previdencialistas têm menos complexidade. Para quem tem o benefício negado, é uma causa muito importante”, defende.

De acordo com procedimento instaurado na Procuradoria da República no Piauí, alguns advogados cobram 50% do benefício a ser recebido pelo seu cliente, geralmente de baixa renda e com pouca ou nenhuma escolaridade, como trabalhadores rurais, idosos e pessoas com deficiência.

Para Jailton Lavrador (foto acima), advogado previdencialista, o contrato dos honorários deve ser acertado entre o advogado e o cliente, sem nenhuma interferência. Ele defende que o MPF está procurando holofotes para se proteger da própria inércia. "Uma cliente minha, que requisitou o INSS há 10 anos, está recebendo hoje. Isso por conta de um advogado previdenciário”, afirma.

O desagravo público é uma forma da OAB defender que a advocacia piauiense não admitirá ataques às suas prerrogativas profissionais. Todos os profissionais piauienses, especialmente os que militam no direito previdenciário foram convidados a participarem do ato.

Por: Nayara Felizardo
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