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"œÉ a última vez que a gente desfila", afirma a organizadora da Mocidade

Atrasada, a escola foi a terceira a desfilar; Faltou integrantes e um dos carros não entrou na avenida.

07/02/2016 23:53

A primeira noite de desfiles das escolas de samba em Teresina foi marcada por criatividade e irreverência, mas também por contratempos e atrasos. A terceira escola, a Mocidade Alegre, começou a desfilar por volta das 23h deste domingo (07), horário previsto para o término do evento.

A Galo Tricolor abriu a festa, às 20h10, trazendo para avenida uma homenagem ao ex-jogador piauiense Simão Bacelar, o Sima. “Não tinha público no horário previsto para o início [às 19h]. Por isso, só iniciamos às 20h. A Arquibancada cheia é o que interessa”, disse Lázaro do Piauí, presidente da Fundação Monsenhor Chaves.


Fotos: Jailson Soares/ODIA

Com o enredo 'Pra cima, de cima, para Sima - há forças que movem o filho do Equador', apresentado em 18 alas, a primeira escola recebeu aplausos e foi ovacionada pelo público. “Vamos discutir, além das belas homenagens, a questão social. A escola está belíssima”, disse Robert Felicissimo, um dos organizadores da Galo Tricolor.

A Sambão, segunda escola, também homenageou mais um piauiense, o jornalista e escritor Júlio Romão. A escola trouxe um grande boneco em um de seus carros representando aquele que é considerado o defensor dos negros e índios do Piauí.

A escola apresentou, nas sete alas, a luta de Júlio Romão por uma educação igualitária e digna para as pessoas. Em uma delas, os integrantes desfilaram com capelos para simbolizar a educação e a formação intelectual. 'Nós que trouxemos tudo, carros e alegorias. Montamos tudo hoje e está tudo lindo. Mais lindo ainda porque foi com nosso esforço', disse João Luís Andrade, que desfila na Sambão pelo sexto ano consecutivo e, para ele, é uma alegria ver o resultado de meses de trabalho ganhando a avenida.

Além da beleza das alas, a escola apresentou alguns problemas no decorrer do desfile. Uma dos dois destaques que vinha no alto do primeiro carro da Sambão se recusou a entrar na avenida. Os organizadores tiveram que colocar outra pessoa, apenas vestida com a camisa da escola, no lugar de destaque do carro alegórico.

A escola com maiores problemas técnicos e de integrantes foi a terceira, a Mocidade Alegre. No momento de adentrar a avenida, mais de 40 pessoas que desfilariam pela escola ainda não tinham chegado ao local.

“Este é o último ano da Mocidade. É a última vez que a gente desfila. Na sexta-feira o rapaz que iria trazer 230 pessoas para desfilar pela escola falou comigo e disse que não daria mais certo. Tive que correr atrás desse monte de gente para poder desfilar no lugar deles, consegui. E agora, na hora de entrar, estamos com 45 fantasias aqui, jogadas, sem ninguém”, disse revoltada uma das organizadoras da Mocidade, Gardênia Albuquerque.

Com 10 alas, a Mocidade apresentou uma crítica à corrupção no Brasil, trazendo fantasias que representaram o desvio de ouro, do pau-brasil e de dinheiro durante toda a história da nação. Apenas um carro alegórico entrou na avenida. O Segundo apresentou um problema e não teve condições de desfilar.

Público

De acordo com Lázaro do Piauí, a organização espera que o público seja maior na terça-feira (09) quando desfilam as escolas mais tradicionais do carnaval teresinense. No ano passado a média de público foi cerca de 30 mil foliões.

O Prefeito Firmino Filho disse estar satisfeito com a primeira noite do evento. “Por coincidência, as escolas maiores ficaram para o segundo dia, mas é positivo a receptividade do público teresinense e a festa está bonita”, ressaltou. 

Edição: Nayara Felizardo
Por: Ithyara Borges
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