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Votação da transferência da vara agrária volta à pauta no TJ

Presidente do TJ, Erivan Lopes, defende transferência da Vara.

28/07/2016 07:25

O Tribunal de Justiça do Piauí retorna à pauta na sessão de hoje (28), no pleno, da votação da resolução que prevê a transferência da Vara Agrária de Bom Jesus para Teresina. Dos 19 desembargadores, 9 votaram a favor da mudança no dia 30 de junho, mas o pleito foi interrompido com o pedido de vista de Francis co Paes Landim.

Foto: Moura Alves/ODia

O autor da proposta de mu dança é o presidente do TJ, Erivan Lopes. Ele afirmou que a mudança para Teresina vai melhorar o trabalho da Vara, pois atualmente a sede em Bom Jesus não dispõe de estrutura. “`Primeiro nós temos juiz à vontade aqui [em Teresina], enquanto lá [em Bom Jesus] não tem. É um juiz só para responder pela vara agrária, vara comum, juizado especial, é um juiz que acumula outras comarcas”, contou o desembarga dor.

Lopes também cita como problemas na atual sede de Bom Jesus o quadro deficitário de servidores, a estrutura física do fórum não serve, a insuficiência da rede de transmissão de dados e por último o fato de que todos os atores que atuam no processo sobre legalização de terras estão localizados em Teresina, como o Instituto de Terras do Piauí (Interpi), o Instituto de Colonização Agrária (Incra) e Advocacia Geral da União (AGU), entre outros. “Não entendo a necessidade de permanecer lá. E com o processo judicial eletrônico, a mudança para Teresina não prejudica interesse de ninguém”, afirmou.

Apesar da OAB ter se mani festado contrária à mudança, Erivan Lopes não mudou de ideia. “[A defesa da OAB] não atende aos interesses dos jurisdicionados. Em Baixa Grande do Ribeiro, Uruçuí, Ribeiro Gonçalves, todas hoje estão sob a jurisdição de Bom Jesus e são distantes e os meios de transportes são ruins. E não tem ninguém reclamando. E funciona sem reclamação. Então esse argumento não serve”, comentou.

A Vara Agrária de Bom Jesus hoje tem cerca de 1.300 processos envolvendo conflitos de terras. Isso ocorre porque, ao longo dos anos, produtores rurais adquiriram terras comprando títulos ilegais, supostamente enganados por um esquema de grilagem de terras. Assim, é comum aparecer sempre uma terceira pessoa se dizendo o verdadeiro dono do imóvel, o que tem gerado mui to conflito. 
Por: Robert Pedrosa - Jornal O DIA
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