Algumas verduras e hortaliças tiveram uma grande queda
nos últimos dois meses deste
ano. Segundo os feirantes, esta
baixa de preço chegou a 75%
em alguns produtos, como a
cebola, que antes era comprada
por R$ 8/kg e agora pode ser
encontrada até por R$ 2/kg, assim como a cenoura, que também teve queda considerável.
A feirante Fátima da Silva,
que trabalha há mais de 22
anos Mercado Central de Teresina, disse que essa queda
no preço dos produtos deve-se
por conta do período da safra,
quando há muitas leguminosas. Com isso, a concorrência
aumenta e o valor do quilo
despensa.
“Antes eu vendia a cebola
por até R$7, então agora dá
para vender por R$3 e se quiser lucrar menos, até por R$2
dava para vender. O alface e
o cheiro verde, também caiu.
Aliás, tudo caiu 75%. Para o
consumidor é barato, mas para
o comerciante é prejuízo e não
compensa. É bom porque eu
posso abaixar o preço, mas é
humilhante porque as pessoas
ainda acham caro, sendo que
no mês passado estava R$8 e
agora está R$4”, citou.
Foto: Andrê Nascimento/ODIA
Trabalhando há mais de 20
anos no Mercado Central, a
feirante Flaviana Pereira da
Silva, falou que a queda no
preço da cebola e cenoura vem desde o mês anterior e que os
consumidores estão comprando mais. Ela explicou que, se
tiver venda ou aumentar a
procura, consequentemente
aumenta o preço da mercadoria, isso porque os produtores
reduzem a quantidade que é
distribuída.
“Como a procura está menor, o preço cai. A cebola custava R$5 e agora está custando
R$3, e a cenoura também, e
começou no mês passado e
até agora permanece. O cheiro
verde também teve baixa, enquanto antes estávamos vendendo a R$2, agora vendemos
a R$1”, relatou.
Alta no preço
Porém, alguns produtos tiveram alta e chegaram a dobrar o
preço, como o limão, que antes
custava R$30 a caixa com 400
limões e agora está custando
R$70. Para o consumidor, o
produto poderia ser vendia a
R$2, oito unidades e, agora,
são apenas seis unidades.
O maracujá, a batata inglesa
e o pepino também tiveram
aumento no preço. De acordo com Fátima da Silva, isso
acontece quando os produtos
não estão na safra ou quando
há pouca mercadoria circulando na central de abastecimento. “Como são produtos que
estragam rápido, os distribuidores trazem pouco, a procura
é grande e eles aumentam o
preço da mercadoria”, relatou.
Flaviana Pereira enfatizou
que, para ela, as vendas são
melhores quando os produtos estão mais caros, vez que a
procura aumenta e os alimentos saem rapidamente. Entretanto, com a crise, as vendas
reduziram pela metade, “porque o comércio está parado e,
sendo assim, não tem venda”,
finalizou a feirante.