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Vagas em abrigo não são suficientes para atender moradores de rua

Em Teresina, há apenas um abrigo para estes moradores e sua capacidade atende somente 40 pessoas por noite

08/07/2016 07:31

Os moradores de rua podem ser vistos em diversos pontos de Teresina, principalmente ocupando praças e prédios abandonados. Segundo um levantamento feito pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), através da Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Semtcas), em 2014, foram identificados 247 moradores de rua na Capital. Porém, este número pode ter aumentado, de acordo com a gerente do Centro Pop, Joyce Nogueira.


Foto: Andrê Nascimento/ODIA


Ela afirma que, na Capital, há apenas um abrigo para moradores de rua e sua capacidade atende somente 40 pessoas por noite, sendo que estas vagas devem ser pleiteadas com antecedência. A Casa do Caminho é mantida pela Prefeitura de Teresina, contudo, há um espaço filantrópico coordenado pela igreja. Joyce Nogueira explica que, para um morador de rua conseguir uma vaga para pernoitar, é preciso comparecer ao abrigo, localizado no bairro Ilhotas, antes do anoitecer e passar por um processo de triagem.

No local, estas pessoas recebem alimentação e têm direito a banho. Das 40 vagas disponí- veis no abrigo, 22 são destinadas a mulheres e 28 a homens, sendo este gênero o de maior demanda. “A Casa do Caminho fica aberta 24 horas e oferece diversos serviços, mas a maioria não fica lá durante o dia, exceto por meio de avaliação. Por serem pessoas adultas, não podemos obrigá-las a permanecer ou buscar ajudar, ou seja, se ela só quiser ter acesso ao almoço e banho, nós vamos ofertar; mas se preferirem dormir na rua, que é o que eles mais preferem, não podemos fazer nada”, disse.

Entretanto, os moradores de rua que desejam outro tipo de assistência, como ajuda em comunidades terapêuticas ou acompanhamento com um profissional especializado, o Centro Pop oferece este atendimento. Joyce Nogueira ressalta que esse usuário passa por um processo de triagem, no qual a pessoa demonstra interesse em receber ajuda, e é encaminhada para uma casa de reabilitação ou CAPs AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas).

“Iremos fazer uma avaliação com esse usuário e elencar as demandas que ele precisa e, dependendo de quais sejam, vamos investigar suas necessidades e encaminhá-lo para o local mais adequado, seja um acompanhamento ou comunidade terapêutica”, explica.


Por: Isabela Lopes - jornal O DIA
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