Quem necessita do Transporte
Eficiente para se locomover
até o trabalho, escola,
faculdade ou lazer, reclama
da falta de veículos para
atender a demanda de usuários,
que tem aumentado
a cada dia. Além da pouca
quantidade de ônibus, vans
ou microvans, os carros
ainda estão em péssimas
condições de uso.
A estudante Vanessa Graciele
Rodrigues Gomes, de
22 anos, reside no bairro
Aeroporto e estuda em
uma faculdade particular
na zona Sudeste. Para ela
se deslocar até a faculdade,
precisa sair de casa, pelo
menos, duas horas antes,
para que não perca o início
da aula. Segundo Vanessa,
sair com antecedência, às
vezes, não é suficiente, já
que outros usuários também
necessitam do transporte.
“Como o ônibus vai
pegando outras pessoas, a
gente tem que sair cedo de
casa para tentar não chegar
atrasado ao compromisso
e, mesmo assim, às vezes,
ainda chega. A quantidade
de veículos é muito pouca
para atender tantos usuários
e ainda tem a questão de
que, quando algum quebra,
não tem ônibus reserva”,
disse.
Ainda de acordo com
Vanessa Graciele, é constante
os ônibus quebrarem,
o que torna a frota ainda
mais reduzida. A estudante
conta também que muitos
veículos não possuem equipamentos
de segurança,
como o cinto, e os carros
estão sucateados.
“Às vezes, eu acho que
somos esquecidos só porque
somos cadeirantes e precisamos
desse serviço. Na
minha rua, não dá para eu
ir até a parada de ônibus,
então é o jeito o Transporte
Eficiente vir me pegar na
porta da minha casa. Eu
já pedi várias vezes para
asfaltarem minha rua, mas
nunca fizeram”, relata.
Em Teresina, há apenas
10 veículos do Transporte
Eficiente para atender os
usuários cadastrados nas
quatro zonas da cidade. O
transporte é feito por duas
empresas cadastradas, no
qual cada uma possui cinco
veículos. Para Vanessa Graciele,
essa quantidade é
insuficiente e o ideal seria,
pelo menos, 20 veículos.
“Cada dia aumenta mais
a quantidade de pessoas
que precisam do Transporte
Eficiente e isso acaba atrasando
ainda mais o percurso,
porque precisa pegar
todo mundo. Como a frota é
pouca, o carro precisa percorrer
mais lugares e tem
dia que ele chega a pegar 17
usuários”, pontua a jovem
que completa: “nem em
2050 vão ter esses 20 carros.
Se tem dia que só tem um,
imagine 20”.
Francisca Gomes de
Andrade, da chefia de
cadastro do Transporte Eficiente,
informa que, infelizmente,
é inegável que
alguns veículos quebrem e
que, como a frota é pouca,
não é possível colocar outro
carro substituto. Ainda
segundo ela, a aquisição de
novos ônibus depende do
poder público, da disponibilidade
de recursos e licitações.
Quanto à fiscalização dos
veículos, Francisca Gomes
afirmou que fiscais da Superintendência
de Transporte
e Trânsito (Strans) fazem
vistorias diariamente nos
ônibus do Transporte Eficiente,
para garantir que
todos estão adequados e
possuem equipamentos de
segurança.
“O Transporte Eficiente
funciona 24h por dia, todos
os dias da semana e atende
seus usuários da melhor
forma que podemos. Infelizmente,
falta ônibus quando
algum está quebrado e
temos que tirar para fazer
a manutenção”, falou a responsável
pela chefia de
cadastro do Transporte Eficiente,
Francisca Gomes.
Foto: Elias Fontenele/ODIA
Por: Isabela Lopes - Jornal O DIA