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Trabalhadores dos Correios se reúnem nesta terça para decidir sobre greve

A categoria alega que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) teria retirado cláusulas de Saúde do Trabalhador e sugerido alterações que ferem os direitos dos trabalhadores.

19/09/2017 18:57

Os trabalhadores dos Correios do Piauí se reúnem em assembleia geral extraordinária, a partir das 18h desta terça-feira (19), para deliberar sobre a aprovação de uma greve, ainda sem previsão para início e com duração por tempo indeterminado. A categoria alega que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) teria retirado cláusulas de Saúde do Trabalhador e sugerido alterações que ferem os direitos dos trabalhadores. As assembleias estão sendo realizadas simultaneamente nas cidades de Teresina, Parnaíba e Floriano. 

Em nota divulgada nesta terça-feira, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí (Sintect/PI) informou que “a decisão dos empregados é a mais importante para dar prosseguimento às negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2017/18”, acrescentando que “São as assembleias que mostram a força da categoria ecetista, esse é o momento correto para demonstrar insatisfação às propostas da ECT. Os trabalhadores são os reais interessados em manter a estatal 100% confiável, pública e de qualidade”, diz o documento.

Trabalhadores dos Correios se reúnem nesta terça para decidir sobre greve. (Foto: Arquivo O Dia)

Segundo o sindicato, entre as alterações das cláusulas de Saúde do Trabalhador feitas pelos Correios estão: o fim da cláusula 33, que garante o pagamento das remunerações ao empregado inapto para o retorno ao trabalho, enquanto ele aguarda julgamento de recurso no INSS; mediação no TST da cláusula 28 (plano de saúde); redução dos dias de ausência remunerada para levar dependentes ao médico e redução da idade dos dependentes (de 18 para 6 anos); alteração de atendimento psicológico por atendimento psicossocial para vítimas de assaltos; fim da ginástica laboral; redução do número de trabalhadores na Cipa, evitando que mais trabalhadores tenham a estabilidade provisória.

Segunda greve

Se deflagrada, a greve dos trabalhadores dos Correios será a segunda paralisação da categoria somente neste ano. O primeiro movimento paredista durou 10 dias entre os meses de abril e maio e foi encerrado devido à perda de força da greve em âmbito nacional, com a volta aos trabalhos de sindicatos em outros Estado do Brasil. 

Na ocasião, a categoria reivindicava: a garantia do funcionamento dos Correios sem demissões de funcionários; suspensão da decisão de fechamento de agências dos Correios; suspensão das novas implantações de medidas operacionais como a distribuição domiciliária alternada; garantia de férias dos trabalhadores em 2017; entre outros fatores.

Por: Nathalia Amaral
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