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Teresinenses relatam momentos de tensão durante tremor

"œFoi tudo muito rápido, não deu nem para pensar. As pessoas se desesperaram e começaram a sair do prédio correndo", relatou funcionária da Defesa Civil.

04/01/2017 07:37

A terça-feira foi marcada por tensão entre os teresinenses após o abalo sísmico que atingiu a cidade. Em diversos pontos da Capital, prédios tiveram que ser evacuados na tentativa de evitar problemas maiores, como acidentes. Quem vivenciou a situação relata que os poucos segundos do tremor foram desesperadores e causaram pânico. 

No Centro, funcionários de prédios abandonaram suas funções e saíram para a rua, temendo desabamentos. “No início, pensamos que o tremor era apenas no prédio. Todo mundo saiu do local, com medo de que acontecesse algo mais grave. Graças à Deus, ninguém se machucou”, contou Josué Moura, que trabalha no prédio da Defesa Civil, em frente ao Palácio de Karnak. 

Trabalhadores deixaram prédios por medo de desmoronamentos (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

Maria do Socorro Reis, que também trabalha no local, afirma que, no momento do tremor, os objetos da mesa começaram a balançar. “Foi tudo muito rápido, não deu nem para pensar. As pessoas se desesperaram e começaram a sair do prédio correndo”, relatou. 

Importantes prédios públicos, como as sedes dos Correios, INSS e Banco do Brasil, também precisaram ser evacuados, no Centro de Teresina, após o tremor, interrompendo os serviços por algumas horas. Entre os funcionários, a surpresa era geral, por nunca terem vivenciado uma situação desse tipo. “Tenho 54 anos e nunca passei por isso aqui no Piauí. Na hora, a gente não sabe o que fazer, é realmente desesperador, porque você tem a sensação de que o prédio vai cair”, pontuou um dos funcionários do Banco do Brasil. 

Nos bairros da Capital, a população também sentiu o abalo sísmico. No Parque Piauí, zona Sul de Teresina, o tremor foi sentido por cerca de 10 segundos. “Na rua, todo mundo ficou sem entender o que estava acontecendo. De início, pensamos que tinha acontecido algum acidente em alguma construção aqui perto, só depois que ficamos sabendo do que se tratava”, relatou o estudante Fernando Oliveira. 

Redes sociais 

Nas redes sociais, internautas também repercutiram o abalo sísmico, com a hashtag #Therremoto, que chegou a ser um dos assuntos mais comentados do Twitter durante a terça-feira. “Brasil, queria informar que estamos bem, Teresina está bem, ainda temos um sol de 45 graus”, tuitou um dos internautas. 

Crea-PI tranquiliza a população 

Após o abalo sísmico que atingiu Teresina, a preocupação passou a ser a respeito dos impactos do acontecimento nas construções da Capital. Com medo de desabamentos, muitos prédios foram desocupados pelos funcioná- rios. Apesar da tensão, o momento deve ser de tranquilidade, de acordo com a recomendação do Conselho Regional de Engenharia do Piauí (Crea-PI). 

“Todas as edificações são projetadas com um grau de segurança, mas, no caso do nosso Estado, não entra essa variável dos abalos sísmicos, porque não é algo comum na nossa região. Apesar disso, a gente pede para que a população não fique eufórica, não foi um abalo de grande magnitude, e as estruturas com certeza suportam”, pontua o engenheiro Sandro Souza, assessor da presidência do Crea-PI.

Após eventos como o que atingiu Teresina, o ideal é observar se houve algum dano visível na estrutura da construção, como fissuras nas paredes, deslocamento de piso e etc. “Estes são indicativos de que houve comprometimento na estrutura”, explica Sandro, ao pontuar a importância de que os danos sejam avaliados por um profissional especializado. 

“As pessoas devem observar se houve algum dano visível. Caso isso tenha acontecido, é importante chamar um profissional para avaliar o grau de dano, antes de tomar qualquer iniciativa. O profissional tem os instrumentos adequados para avaliar o real impacto do dano”, explica o Engenheiro.

Edição: Virgiane Passos
Por: Natanael Sousa
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