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Solteiro ou acompanhado, a melhor opção é permanecer feliz com a escolha

Casais e solteiros contam como são os caminhos para quem estar feliz com a escolha ou para quem buscar a mudança

12/06/2016 07:59

Poderia ser na parada de ônibus, na última festa do fim de semana, no aplicativo de relacionamentos ou na fila do pão. Para quem está solteiro, o grande amor pode estar em qualquer lugar, mas encontra- -lo é o grande desafio. Disso a secretária Jordânia Feitosa sabe muito bem. Solteira há cerca de seis meses, ela lembra que estar atenta para encontrar a pessoa certa é uma iniciativa diária.

Como ela, outros mais de 77 milhões de brasileiros, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), não estão envolvidos em relacionamentos amorosos estáveis. Os solteiros são maioria, ultrapassando em 16 milhões o número de casados do país.

Mas para quem pensa que ser solteiro é uma vida de total desapego, as coisas não são bem assim. Uma prova de que nem só de balada, paquera e desapego vivem aqueles que estão fora de um relacionamento, é que Jordânia afirma que ela faz parte de uma grande massa de pessoas que busca sempre algo mais sério ao se envolver com alguém. É claro que esse ‘alguém’, às vezes, demora a aparecer.

“Quando eu vou procurar alguém não procuro uma pessoa só para ficar, gosto de relacionamento, quando me dedico para uma pessoa quero um romance sério, um amor mais comprometido, quero que dure”, destaca.

Fotos: Elias Fontinele/O Dia

"Eu me apago fácil", conta Jordânia Feitosa, solteira há seis meses

Dos relacionamentos passados, a jovem coleciona o fim de dois noivados. Experiências que foram difíceis de lidar para quem, assim como ela, se entrega ao amor de uma maneira mais intensa. O último término, em especial, ainda a faz nutrir uma chance de reatar laços. “Talvez seja o grande amor da minha vida”, complementa.

“Eu me apego muito fácil, mergulho, faço o máximo parar dar certo, ai quando não dá, eu também caio fora. Mas demoro para voltar e querer me envolver de novo com alguém”, constata.

Muitas vezes são os traumas com relacionamentos passados que criam uma barreira para a aproximação de novas pessoas. Para a psicóloga clínica, Ianny Luizy, esse é um dos aspectos que justificam que o número de solteiros continue tão crescente. “As pessoas estão menos abertas, com muito medo de se frustrarem e esse medo da frustração está fazendo com que cada vez mais, as pessoas se fechem no mundo delas e sintam dificuldade de se abrir a outras pessoas”, afirma.

Dessa forma, nem as novas tecnologias ajudam tanto como poderiam. Aplicativos que se propõe a conectar pessoas interessadas em construir relacionamentos amorosos popularizaram- se com o tempo, mas ainda tem a desconfiança da maioria dos usuários.

Jordânia lembra que apesar de ter aderido à tecnologia, demorou muito tempo para querer estabelecer algum tipo de contato com alguém e continua na retaguarda, mais analisando que participando das interações.

Aplicativos possibilitam o surgimento de novas e belas histórias de amor

Precisou pouco mais de dez minutos de conversa para Bruno Felipe entender que Ana Júlia era a pessoa que ele buscava para ter um relacionamento sério. O pouco tempo de reconhecimento não é uma das peculiaridades do relacionamento de Bruno e Ana, que seguem para os nove meses de compromisso, mas a forma como se conheceram também. Os jovens começaram a aproximação através do aplicativo de relacionamentos, o tinder. 
O tinder é um aplicativo para encontros. O App é apresentado em duas versões (gratuita e paga) e está disponível em 25 idiomas, incluindo português. Para utilizá-lo é necessário um smartphone e uma conta no facebook, que é a única forma de conexão que utiliza e de onde extrai os dados iniciais para a construção do perfil do usuário. 
Foi após relutar até ceder à pressão de um amigo, que Bruno resolveu utilizar o aplicativo para testar o que poderia acontecer. “Sempre achei que isso não tivesse vantagem, ai um amigo instalou e algum tempo depois eu comecei a mexer”, explica o estudante. 


Bruno e Ana Júlia precisaram apenas de 10 minutos no Tinder

Bruno chegou a conversar e conhecer algumas garotas, mas foi ao ‘dar match’ – expressão usada no aplicativo para alertar que as duas pessoas combinam - com a atual namorada, que ele viu que ter aderido à tecnologia foi um passo fundamental para encontrar o seu grande amor. 
“Em dez minutos conversando com a Ana Júlia, eu pedi ela em casamento”, conta a brincadeira. “Vi que nós tínhamos muito em comum e sempre soube que daria certo”, relembra. 
Dali até o dia do encontro passou pouco mais de uma semana. O estudante lembra que a então namorada queria marcar um encontro com um grupo de amigos, mas ele insistiu para ter a margem de confiança para que o primeiro encontro fosse a dois. E assim aconteceu. 
Agora, prestes a completar nove meses de namoro, Bruno lembra que sabe que o que ele viveu, não é tão comum de acontecer. “Quando falo que conheci minha namorada no tinder as pessoas custam acreditar. É porque realmente não é tão fácil dar certo com alguém pelo aplicativo”, destaca. 
Exceção ou não, Bruno comemora ter encontrado o grande amor com um ‘empurrãozinho’ da tecnologia. Hoje em dia, a história do casal segue para muito além das redes sociais.
Fonte: Glenda Uchôa - Jornal O Dia
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