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Sindicatos se unem contra mudanças nas leis trabalhistas e prevêm greve geral

O protesto "Nenhum Direito a Menos" reuniu trabalhadores de várias categorias para preparar propostas para construção de uma greve geral no País.

22/09/2016 12:23

Na manhã desta quinta-feira (22), diversas frentes sindicais e movimentos promoveram o dia nacional de paralisação contra as mudanças nas leis trabalhistas que vêm sendo anunciadas pelo governo Michel Temer. O protesto "Nenhum Direito a Menos" reuniu trabalhadores de várias categorias, que protestaram em frente as portas das empresas, fizeram passeatas pelas ruas, ergueram faixas e se reuniram para preparar propostas para construção de uma greve geral no País.

No Piauí, alguns trabalhadores se reuniram no Teatro de Arena, localizada no Praça da Bandeira, Centro de Teresina, como o objetivo de dialogar e levar para a sociedade o significado do conjunto de propostas que estão sendo discutidas no Congresso Nacional. Segundo Paulo Bezerra, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), pontuou que a paralisação é uma maneira de apresentar à população alternativas de como enfrentar esse modelo de gestão do governo que visa sufocar os trabalhadores.

(Foto: Moura Alves/ O Dia)

Paulo Bezerra explicou que estão sendo construídas propostas para que seja feita uma greve geral até a primeira quinzena de novembro. O presidente da CUT argumentou que as propostas que estão sendo impostas aos trabalhadores sem que o governo ouça a população e que esta prática representa um retrocesso para os direitos dos trabalhadores.

“A reforma trabalhista traz aumento da jornada de trabalho; suspensão de 13º salário; negociado sobre legislado, no qual se retira as garantias da lei para os contratos de trabalho; a reforma da Previdência Social, que não pode igualar os trabalhadores do campo e da cidade, ou Saúde e Educação, e para isso existe a aposentadoria especial, entre outras”, citou.

Ele destacou que “quando limita o investimento na Saúde e Educação, quem é prejudicado é a população que necessidade do serviço público da área. Não é só o trabalhador do setor que será prejudicado. Quando o governo não discute avanços na construção de moradia popular, através dos programas sociais, ele tira emprego da construção civil, enquanto isso, a população mais pobre e que precisa dessa moradia não vai ter acesso”, relatou.

“Há uma necessidade de construir uma frente conjunta com as demais centrais sindicais que precisam cumprir seu papel. A CUT está liderando está à disposição das demais centrais sindicais, porque os projetos que estão sendo colocados trazem prejuízos absurdos, tanto para os trabalhadores quanto para a população em geral”, disse.

Parte dos técnicos-administrativos da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) também paralisaram suas atividades nesta quinta-feira. De acordo com o presidente do Sintufpi (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Piauí), Alberto Silva de Oliveira, esta é a primeira vez que os trabalhadores estão fazendo uma greve, não por conta do reajuste de salário, mas contra a retirada de direitos.

“Essa paralisação nacional é por conta das medidas do governo, como a reforma de previdência, a PLP 257 e a PEC 241 que vem arrasando com o trabalhador, e visa o congelamento dos salários e limita os gastos com as políticas públicas, ou ainda com a proposta de 20 anos sem reajuste para o funcionário público, entre outras”, falou Alberto Silva.

Participaram do dia nacional de paralisação contra as propostas de mudança nas leis trabalhistas centrais sindicais, CSP-conlutas, Força Sindical, Nova Central Sindical, CTB, Frente Brasil Popular, Frente Brasil Povo Sem Medo, organizado por partidos de esquerdas.

Por: Isabela Lopes - Jornal O DIA
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