Fotos: Assis Fernandes/O DIA

Concentrados na Praça Rio Branco, Centro de Teresina, o Sindicato dos Vigilantes e Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação, juntamente com servidores da Servi-San, manifestaram na manhã de hoje (29) contra o atraso de salário, ausência de ticket alimentação e vale transporte, que já dura até quatro meses. Representantes da CUT, SINTE e SINTETRO também estão presentes apoiando a paralisação.

Presidente do Sindicato dos Vigilantes, André Lima

O presidente do Sindicato dos Vigilantes, André Lima, diz que os servidores estão passando até fome. “Esta é a segunda manifestação que o sindicato faz em 2015, e após uma reunião insatisfatória para tentar resolver a questão do salário, a categoria resolveu se manifestar porque não aguenta mais a insatisfação, está passando por dificuldades e fome mesmo, porque estão há quatro meses sem receber”, relata.

J. Lima, servidor da Servi-San e vigilante lotado na Prefeitura, a situação está insustentável. “A gente está há quatro meses sem salário, sem ticket e sem passe para ir ao trabalho, e a gente não tem alimento no trabalho, a situação está insustentável. A empresa disse que está sem condições de repassar os valores para o funcionário, devido ao Estado e município não ter repassado dinheiro”, conta.

A juíza Basiliça Alves, da 4ª Vara do Trabalho, autorizou a Prefeitura de Teresina a depositar em juízo o pagamento dos valores atrasados aos servidores terceirizados da Servi-San. A decisão foi tomada na sexta-feira (26), durante audiência para tratar do assunto.

A proposta por parte da Prefeitura de Teresina inclui o depósito em juízo de R$ 2.994.034,02, valor dividido em duas parcelas, sendo a primeira parte (R$ 2 Milhões) depositada no dia 03 de julho de 2015 e a segunda (R$ 994.034,22) no dia 07 de julho de 2015.

Presente na manifestação, em apoio aos vigilantes, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários – SINTETRO, Francisco Araújo, afirma que amanhã os trabalhadores do Rodoviário também entram em greve, devido à negociação da proposta de correção salarial insatisfatória, e benefícios desproporcionais entre a categoria. 

Edição: Nayara Felizardo
Por: Marcos Cunha (estagiário)