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Servidores da Agespisa paralisam atividades por 48 horas

Categoria não é a favor da criação do Instituo de Águas e pede mais diálogo com o Governo.

03/09/2015 11:14

Os trabalhadores da Agespisa se reúnem na manhã de hoje (03) em frente à sede da empresa para protestar contra a criação do Instituto de Águas anunciado pelo Governo no último mês de junho. Os servidores vão paralisar suas atividades nesta quinta (03) e sexta-feira (04) como formam de chamar a atenção da sociedade para o que chamam de privatização da Agespisa.

Para o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Francisco Fernandes, o Governo precisa ser mais claro com os servidores quanto à criação do Instituto de Águas e ter um diálogo mais aberto apresentando propostas que, de fato, beneficiem a categoria. “É uma medida que nós não entendemos. O Governo diz que vai assumir a dívida da Agespisa, então por que fala em criar um instituo com participação da iniciativa privada?”, questiona Francisco.

Mesmo com a paralisação, os servidores da Agespisa garantem que os serviços básicos de tratamento e distribuição de água em Teresina vão funcionar normalmente, mas que, caso o Governo não se pronuncie, poderá ser deflagrada greve por tempo indeterminado. Amanhã (04), a categoria vai se concentrar novamente em frente à Agespisa e seguirá em passeata pela Avenida Frei Serafim até o Palácio de Karnak.

Entenda o caso

Em fevereiro deste ano, em visita à Estação de Tratamento de Água (ETA) da Santa Maria da Codipi, o governador Wellington Dias disse que o débito contraído pela Agespisa nos últimos anos chega ao patamar dos R$ 1,1 bilhão e que dos 174 contratos de concessão que a empresa possui, apenas quatro são superavitários, ou seja dão lucro. Apenas Teresina, Floriano, Picos e Parnaíba apresentam arrecadação suficiente para continuar com o sistema de operação.

Na ocasião, o governador anunciou que uma das formas de sanar esse problema seria a transformação da Agespisa em uma autarquia coma criação do Instituto de Águas. Em junho passado, o Instituto foi criado com a sanção de Wellington Dias e a presidência da Agespisa deu o prazo de dois anos para que todos os servidores da empresa fossem transferidos para a autarquia.

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