Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Retrospectiva 2022: Renúncia de Wellington Dias ao governo do Estado

Confira os fatos que marcaram a política piauiense em 2022.

25/12/2022 12:36

O dia 31 de março marcou o fim do quarto Governo de Wellington Dias no Piauí. O gestor entregou à Assembleia Legislativa do Piauí o seu pedido de renúncia e deixou o Palácio de Karnak para concorrer a um mandato no senado federal. Vitorioso nas eleições de 2002, 2006, 2014 e 2018, sempre no primeiro turno, o petista deixou o comando do executivo para a então vice-governadora, Regina Sousa.

Em uma carta de renúncia emocionada, o governador lembrou seu primeiro mandato em 2002 e comemorou as realizações. "O mandato é perverso, ele tira o tempo precioso do convívio. Valeu a pena sonhar, nunca abrir mão do direito de sonhar. Não deixe ninguém tirar o seu direito de sonhar, sonhar, acreditar e lutar pelo sonho e comemorar cada sonho realizado. Sonhei e lutei por um Piauí mais desenvolvido, tivemos grandes vitórias e passos dados. Tivemos dificuldades sim, mas é importante olhar para trás e ver o sonho realizado”. 

(Foto: Divulgação/Governo do Estado do Piauí)


Posse de Regina Sousa 

Automaticamente após o pedido de renúncia de Wellington Dias, Regina Sousa foi empossada como a nova Governadora do Piauí. A professora se tornou a primeira mulher a governar o Estado por um período contínuo, e assumiu para governar por nove meses.

Em seu discurso de posse, disse que o foco nesses nove meses em que ficaria à frente do executivo estadual era o combate à pobreza, mas não esquecendo de temas relevantes como a segurança pública. “O foco será a redução da pobreza, que é a minha característica. Tudo aquilo que possa contribuir. Com mais cisternas, poços, agricultura familiar. E é claro que lançarei o olhar sobre temas sensíveis, como segurança, sistema prisional, saúde e educação”, disse.


Vinda de Lula ao Piauí

Em meio à agenda de pré-campanha pelo Brasil, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou o Piauí no início de agosto. Lula participou de um ato político na zona Leste da capital no dia 3 de agosto junto a lideranças do Partido dos Trabalhadores. A visita de Lula teve o propósito de reforçar a campanha de Rafael Fonteles, Wellington Dias e da base aliada no Estado. Apresentado como “o menino de Lula”, Fonteles utilizou a associação direta com o presidente eleito como uma das principais estratégias de campanha. No Piauí, Lula fez críticas à condução política de Bolsonaro e reforçou a associação entre ele e Fonteles.

(Foto: Roberta Aline/CCom)


Vinda de Bolsonaro ao Piauí

Se Lula veio ao Piauí ainda na pré-campanha, o presidente da República, Jair Bolsonaro, veio ao Estado entre o primeiro e o segundo turno da eleição. Bolsonaro cumpriu agenda também na zona Leste da capital no dia 15 de outubro. O chefe do executivo nacional voltou à capital após cinco anos, durante o mandato ele visitou o Sul e o litoral do Piauí, porém não esteve em Teresina.

Estado que deu proporcionalmente a pior votação a Bolsonaro no Brasil, o Piauí recebeu o presidente com milhares de visitantes presentes no evento. Cercado de líderes políticos, o presidente cobrou que prefeitos e vereadores se unissem para conquistar votos e garantir sua virada no segundo turno. O candidato à reeleição também pediu o apoio da família cristã, que comparecesse às urnas no segundo turno. O pedido não funcionou no 2º a votação do atual presidente foi ainda pior no Estado. 

(Foto: Jailson Soares/ODIA)


Eleição APPM

No primeiro embate entre Rafael Fonteles e Ciro Nogueira após as eleições, o prefeito do município de Caridade do Piauí, Toninho de Caridade, apoiado por Fonteles, venceu a eleição e comandará a instituição associativa pelos próximos dois anos, no biênio 2023- 2024. Ele obteve 104 votos contra 64 do atual presidente, Paulo César, prefeito de Francinópolis. Em sua vitória Toninho de Caridade agradeceu o apoio de Rafael Fonteles e atribuiu a vitória aos deputados que se envolveram na disputa. “Fazemos parte da base do governo e toda eleição a gente vai com a base que a gente tem. Com certeza foi positiva a participação de todos que nos deram apoio”, revelou à época. 


Eleição Enzo Samuel

Outra eleição que movimentou o ano de 2022 foi a da presidência da Câmara Municipal de Teresina. Em meio a um cenário conturbado entre o palácio da cidade e o legislativo, o presidente da Câmara, Jeová Alencar, através de uma manobra, antecipou o pleito que seria realizado apenas em 2022. Com a manobra o vereador Enzo Samuel (PDT) foi eleito o presidente da mesa diretora. De origem sindical, nos movimentos estudantis, o político comandará o legislativo no biênio 2023-2024. Enzo teve 28 votos favoráveis e um contrário, apenas Ismael Silva votou contra a matéria. 


Surgimento de Joel Rodrigues como liderança estadual

Nas eleições de 2022, o ex-prefeito de Floriano, Joel Rodrigues, se confirmou como liderança política estadual. Candidato ao Senado na chapa de oposição, Rodrigues percorreu todo o estado, mas a grande surpresa foi sua expressiva votação: 892.010 votos. Durante a apuração, ele apareceu liderando a disputa, sendo ultrapassado por Wellington Dias já na reta final. Após o bom resultado nas eleições, Joel Rodrigues confirmou sua liderança assumindo o diretório regional do Progressistas, uma tentativa de mantê-lo no cenário político estadual. Além disso, é importante ressaltar que ele venceu as eleições em Teresina com larga vantagem, demonstrando que está presente no tabuleiro político piauiense.

(Foto: Jailson Soares/ODIA)


Crise e má gestão de Dr. Pessoa

A má gestão de Dr. Pessoa à frente da Prefeitura de Teresina é a principal marca relacionada ao ano de 2022 na política da Capital. Além da maior crise administrativa no transporte, a cidade também viu a saúde, setor até então de referência, enfrentar uma crise de gestão que resultou na interdição do Hospital do Buenos Aires e na interdição parcial da Maternidade do bairro Dirceu.

O ano de 2022 pode ser lembrado também na estrutura da Prefeitura da Cidade, pelos graves problemas de drenagem urbana que resultaram na morte de duas pessoas na zona Leste de Teresina. Setores como educação também sofreram com problemas administrativos, além de uma greve, a aquisição de 100 mil livros do título “Teresina Educativa” feita de forma fraudulenta, também levou o Tribunal de Contas e o Ministério Público a ajuizar ações contra gestores municipais. 


Rafael vence Sílvio na disputa pelo Governo do Estado

A disputa pelo governo do Piauí foi acirrada. Apesar de Rafael Fonteles vencer ainda no primeiro turno, com 1,1 milhão de votos contra 811 mil de Silvio Mendes, a corrida pelo Palácio, as duas candidaturas registraram volumes de campanha parecidos, com apoios em todas as cidades do Piauí. Durante a campanha, também foram registradas polêmicas e confrontos diretos em debates realizados nos meios de comunicação.

Ao final do processo, Rafael Fonteles se consagrou, aos 37 anos, governador eleito do Piauí. Ele tem a missão de governar o Estado pelos próximos quatro anos e é um dos nomes que ajudam a renovar o quadro de lideranças do Partido dos Trabalhadores. Ainda nos meses de novembro e dezembro, Fonteles anunciou os nomes que vão compor o secretariado de seu governo. Chamou a atenção a indicação de nomes técnicos para as áreas estratégicas do governo. 

(Foto: Jailson Soares/ODIA)

Mais sobre: