Os moradores da Vila Costa Rica, localizada no bairro Três Andares, na zona Sul da capital, reclamam que a obra realizada no palco existente na Praça Maria de Lourdes Alves Rego difere do que foi solicitado em ofício entregue à Prefeitura em 2011. O palco, onde eram realizadas apresentações artísticas, perdeu altura e largura.
Segundo o morador José do Carmo, o palco antigo possuía sete metros de largura, mas agora possui apenas quatro metros. “Quando entramos no orçamento popular em 2013, nós queríamos a cobertura do palco e a construção de vestuário e três banheiros para usuários e artistas. Mas, quando começaram a realizar a obra, uma das cláusulas do contrato não foi cumprida, que seria a permanência constante de um representante legal no local das obras. Além disso, eles destruíram nosso palco, colocaram uma coluna bem em frente ao palco, dificultando a visualização do artista pela plateia”, relata.
Foto: Elias Fontnele/O Dia
José do Carmo reclama que projeto aprovado no Orçamento Popular de 2013 não estaria sendo cumprido pela Prefeitura
Munido de documentos relacionados à obra, o morador aponta que a quantia liberada para a construção do palco na praça é de R$ 90 mil. Já a obra referente à construção do vestiário e reforma e cobertura do palco é de R$ 73.834,10. “Isso foi o que nós ganhamos no orçamento popular, o palco está sendo construído, masa academia não. Eles simplesmente desmancharam o que já estava feito e não fizeram nada do que estava proposto. Se nós ganhamos no orçamento popular R$ 90 mil; queríamos, além da reforma do palco, a academia popular”, afirma.
O morador alega que há espaço para a construção dos três banheiros e o vestuário por trás do palco, que possui 15 metros de comprimento. “Eles disseram que o camarim e os banheiros ficarão em um só espaço, mas isso causará desconforto aos artistas. As obras começaram há mais ou menos 60 dias, mas nós não queremos que ela continue porque o contrato não está sendo cumprido”, relata.
José Carmo também aponta que a estrutura metálica que sustentará a cobertura do palco acumula água da chuva, propiciando o aparecimento do mosquito transmissor da dengue e febre chikungunya. “Além disso, essa estrutura é toda favorável para as crianças subirem, correndo o risco de sofrerem um acidente grave, já que tem quatro metros de altura”, conta.
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Por: Francicleiton Cardoso e Priscila Florêncio - Jornal O Dia