Desde o início do ano, o Colégio Estadual Zacarias de Góis, o Liceu Piauiense, está passando por uma grande reforma em toda sua extensão. Com isso, os alunos que estudam no período integral e integrado, além do Proeja e Pronatec, precisaram ser realocados no Instituto Antonino Freire, em frente ao Cemitério São José, na zona Norte de Teresina; bem como na Unidade Escolar Anísio de Abreu, no bairro Marquês, e na Unidade Escolar João Clímaco D’Almeida, no Centro de Teresina. 

Os alunos voltam às aulas na próxima terçafeira (4) e devem retornar para as escolas que estão sendo usadas temporariamente, já que as obras do Liceu Piauiense ainda não tem prazo para serem concluídas. Na segunda-feira (3), a coordenação da escola se reunirá com gerentes da Secretaria de Educação do Estado do Piauí (Seduc), para que eles deem uma resposta quanto ao prazo de entrega do colégio. 

Porém, as condições dessas escolas provisórias, principalmente da U.E. Anísio do Abreu, que atende os alunos da modalidade integrada, não é suficiente para atender à demanda de mais de 700 alunos. A escola está passando por pequenos reparos estruturais, como colocação de telhado, forro e ar-condicionado em apenas uma sala, a única que possui forro de gesso. 

Foto: Assis Fernandes/ ODIA

Entretanto, segundo Francisca Maria de Sousa, coordenadora da modalidade integral, alunos e professores têm reclamado, sobretudo, da distância da escola para o Centro. “A questão da distância foi minimizada porque tem um ônibus que vai pegar e deixar os alunos no Liceu. Só que tem gente que sai mais cedo e não espera, ou precisa vir por conta própria. Alunos já foram assaltados e tem até professores pensando em nem ir mais dar aula, porque é longe e perigoso”, fala. 

Os alunos também não têm laboratórios para colocar em prática o que aprendem no curso técnico; com isso, eles estão apenas tendo os estágios como obrigatórios. Ainda de acordo com Francisca Maria, os estudantes sentem-se muito desmotivados e desestimulados com a precariedade da escola e por não estarem tendo um aprendizado satisfatório devido a estas condições. 

Já no Instituto Antonino Freire, apesar das boas condições estruturais do prédio, não tem capacidade de atender de forma confortável alunos e professores, vez que o prédio continua com seu funcionamento regular e apenas algumas salas foram cedidas para o Liceu Piauiense. 

Com isso, professores, coordenadores, pedagogos, secretários, entre outros membros da direção da escola, precisam ocupar uma única sala, dividida por prateleiras e armários. “Aqui tem ar-condicionado, o que não tem no Anísio de Abreu, mas não dá para comportar todos os alunos. Se nós da coordenação estamos tendo que dividir uma única sala, porque não tem espaço, imagina atender os alunos do integral, integrado, Pronatec e Proeja”, argumenta. 

A diretora adjunta do Liceu Piauiense, Claudete Portela, fala que ainda não foi definido o prazo de conclusão das obras, mas que terça-feira (4) os alunos poderão retornar para as unidades que estão estudando [Instituto Antonino Freire; Unidade Escolar Anísio de Abreu e Unidade Escolar João Clímaco D’Almeida] e que as aulas ocorrerão normalmente. 

A equipe de reportagem do Jornal ODIA entrou em contato com a Secretaria de Educação do Estado que, através da assessoria de comunicação, informou que, quanto aos reparos na U. E. Anísio de Abreu, as pequenas reformas estão sendo feitas para atender às necessidades dos alunos e professores. Já no que se refere a entrega da reforma do Liceu Piauiense, não há um prazo definido, mas está previsto para o início do segundo semestre deste ano.

Por: Isabela Lopes- Jornal O DIa