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Ratos invadem cozinha da Central de Flagrantes e bebem água de bebedouros

Roedores circula pela delegacia em vídeo compartilhado por policiais; delegada denuncia condições de insalubridade em todas as delegacias da capital.

12/01/2017 10:14

Ratos escalam tranquilamente a grade de uma janela da Central de Flagrante, em um vídeo compartilhado durante a manhã (12) de hoje por diversos policiais civis de Teresina. Segundo os policiais, o flagrante é apenas uma amostra das condições de insalubridade encontradas lá e em outras delegacias da capital.

O vídeo acompanha um relato de que os roedores invadem a cozinha da Central de Flagrantes, bebem água dos bebedouros do local, e até comem restos de comida que encontram em panelas e pratos dos policiais. 

Segundo a delegada Andreia Magalhães, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí (SINPOLPI), a situação não é novidade, e nem exclusiva da Central de Flagrantes. "Não é de hoje que denunciamos, e a situação lá está em consonância com as demais delegacias da cidade. Temos um laudo atestando a insalubridade, a condição de penúria e sujeira, que pode causar doenças graves nos policiais e da população, que também faz uso do serviço. O bebedouro, por exemplo, é usado por todos", relata a delegada. A situação se repete ainda com mais gravidade na área das celas onde ficam dezenas de presos. "Lá é ainda pior. Os ratos são praticamente companheiros de cela", disse.

Segundo a delegada, o laudo que comprova as condições das delegacias tem, no mínimo, um ano. "O laudo atesta que todas as delegacias de Teresina estão em situação de insalubridade", afirma a delegada Andreia. O Sinpolpi já entrou com ação na justiça para cobrar do Estado medidas para solucionar o problema, mas até agora sem resultado. 

Ratos escalando janela da cozinha da Central de Flagrantes, em Teresina (Foto: Reprodução)

A delegada Andreia disse ainda que a situação se repete nas delegacias do interior do estado. "Quanto às delegacias do interior, não temos um laudo, mas tenho como atestar. Em Teresina temos laudo e processo. É uma situação triste, você ver colegas pedindo socorro com medo de adoecer". 




Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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