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Queimadas já superam as ocorrências do primeiro semestre de 2015

De 1º de julho a 15 de setembro, o Corpo de Bombeiros atendeu 584 ocorrências de fogo, 57% a mais que nos seis primeiros meses do ano.

22/09/2015 07:10

O número de queimadas atendidas pelo Corpo de Bombeiros no início do segundo semestre já é mais que o dobro do registrado nos seis primeiros meses de 2015. De 1º de julho a 15 de setembro, a Corporação atendeu 584 ocorrências de fogo em vegetação e em terrenos baldios. No primeiro semestre, esse número foi de apenas 254 – o que representa um aumento de 57%.

As altas temperaturas e a baixa umidade do ar, características do período do B-R-O-Bró, contribuem para o aumento da incidência de focos de incêndio. A major Najra Nunes, relações públicas do Corpo de Bombeiros, explica que a maioria dos casos é fruto da ação humana, de forma criminosa ou por negligência.

“Em muitos casos, quando acontece em terrenos fechados, o incêndio acontece por conta da utilização inadequada do fogo para preparar a terra para o plantio, ou mesmo para limpar o lixo do local. Geralmente, pessoas que se sentem incomodadas com as chamas e percebem os riscos acionam o Corpo de Bombeiros”, explica.

Nos próximos meses, a tendência é que o número de queimadas continue crescendo em todo o Estado. “No Piauí, temos uma combinação perfeita: altas temperaturas, baixa umidade e o vento. Esses fatoressão propícios à propagação dos pequenos focos que surgem e se transformam em grandes incêndios”, comenta.

O baixo efetivo do Corpo de Bombeiros também acaba dificultando as ações de combate às queimadas, principalmente no interior do Estado. “O Corpo de Bombeiros está se desdobrando para atender às demandas. Para suprir as lacunas, alguns bombeiros estão tendo que trabalhar, até mesmo, durante as folgas”, explica Najra Nunes.

O papel da população é fundamental no controle de casos de queimadas no Piauí. Na agricultura, esse tipo de procedimento só pode ser realizado mediante autorização. “É importante que a população tenha consciência da dimensão desse problema”, conclui Najra Nunes.

Foto: Jailson Soares/JornalODIA
Edição: Natanael Souza - Jornal O DIA
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