O número de queimadas
atendidas pelo Corpo de
Bombeiros no início do
segundo semestre já é mais
que o dobro do registrado
nos seis primeiros meses
de 2015. De 1º de julho a 15
de setembro, a Corporação
atendeu 584 ocorrências de
fogo em vegetação e em terrenos
baldios. No primeiro
semestre, esse número
foi de apenas 254 – o que
representa um aumento de
57%.
As altas temperaturas
e a baixa umidade do ar,
características do período
do B-R-O-Bró, contribuem
para o aumento da incidência
de focos de incêndio.
A major Najra Nunes, relações
públicas do Corpo de
Bombeiros, explica que a
maioria dos casos é fruto da
ação humana, de forma criminosa
ou por negligência.
“Em muitos casos,
quando acontece em terrenos
fechados, o incêndio
acontece por conta da
utilização inadequada do
fogo para preparar a terra
para o plantio, ou mesmo
para limpar o lixo do local.
Geralmente, pessoas que se
sentem incomodadas com
as chamas e percebem os
riscos acionam o Corpo de
Bombeiros”, explica.
Nos próximos meses, a
tendência é que o número
de queimadas continue
crescendo em todo o Estado.
“No Piauí, temos uma combinação
perfeita: altas temperaturas,
baixa umidade
e o vento. Esses fatoressão propícios à propagação
dos pequenos focos que
surgem e se transformam
em grandes incêndios”,
comenta.
O baixo efetivo do Corpo
de Bombeiros também
acaba dificultando as ações
de combate às queimadas,
principalmente no interior
do Estado. “O Corpo de
Bombeiros está se desdobrando
para atender às
demandas. Para suprir as
lacunas, alguns bombeiros
estão tendo que trabalhar,
até mesmo, durante
as folgas”, explica Najra
Nunes.
O papel da população é
fundamental no controle
de casos de queimadas
no Piauí. Na agricultura,
esse tipo de procedimento
só pode ser realizado
mediante autorização. “É
importante que a população
tenha consciência da
dimensão desse problema”,
conclui Najra Nunes.
Foto: Jailson Soares/JornalODIA
Edição: Natanael Souza - Jornal O DIA