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Queda das vendas chega a 70% no setor de artesanato do Mercado Central

Segundo os comerciantes, o atraso na entrega da reforma, que começou ainda em 2013, segue prejudicando o comércio no local.

18/10/2016 07:00

Com a reforma que se arrasta há cerca de três anos, os comerciantes do Mercado Central de Teresina veem os clientes e turistas deixarem cada vez mais de frequentar o local, que é referência na cidade pela presença marcante do artesanato e da cultura regional.

Por conta da reforma, grande parte dos comerciantes do setor de artesanato foi deslocada para a parte superior do Mercado, local de menor movimento e que gerou quedas significativas no potencial de vendas.

“Depois que mudamos para a parte de cima, as vendas caíram, em média, 70%. Muita gente nem sabe que estamos aqui e acaba não subindo”, afirma Marinalva Alves, que trabalha há mais de 15 anos no Mercado Central de Teresina.


Comerciantes relatam que vendas só melhoram em datas comemorativas (Foto: Moura Alves/O Dia)

De acordo com Marinalva, a previsão inicial era que os comerciantes passariam apenas 12 meses na parte superior do Mercado. “A parte de cima é mais desconfortável, é muito quente e apertada. Estamos torcendo para que essa reforma acabe o mais rápido possível, para que a gente volte a trabalhar na parte de baixo do Mercado”, desabafa a permissionária.

Outra comerciante do setor de artesanato que lamenta a queda nas vendas é Amanda Taynara. Ela comercializa produtos artesanais feitos com palha de carnaúba e conta que, nos últimos meses, apenas em datas comemorativas o movimento apresentou uma melhora. Na maior parte dos dias, Amanda diz fechar o box sem conseguir fazer nenhuma venda.

“Esperamos voltar para a parte de baixo antes do Natal. Só assim, talvez, a gente consiga recuperar um pouco dos prejuízos dos últimos meses. A promessa era que essa mudança seria apenas por alguns meses, agora, em outubro, completamos três anos aqui em cima. É uma situação complicada, porque não podemos fazer nada, só esperar”, destaca.

Por: Natanael Sousa - Jornal O Dia
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