Foi constatado que o Rio Poti tem uma parte significativa de seu córrego com parâmetros de qualidade fora dos recomendáveis. A situação encontra-se mais delicada nos trechos do rio próximos as áreas urbanas de Teresina, sobretudo, perto da ponte da Primavera, Zona Norte da cidade.

A pesquisa vem sendo feita desde 2009 pelo presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Seção PI, Professor Doutor Carlos Ernando da Silva. Ele monitora a qualidade da água do rio Poti e, no decorrer dos anos, Carlos vem notando em seus estudos que a concentração de poluentes no rio teve um aumento considerável.

“Em período de chuva, a qualidade da água do rio tem uma melhora, mas ainda sim permanece sendo danosa à população”, acentua o professor. Ele explica também que logo após esse período chuvoso, o acúmulo de lixo acaba sendo levado pela água da chuva em direção ao rio, comprometendo a situação do rio.

Apesar das águas do Poti não serem destinadas ao consumo da população, esse caso agravante interfere diretamente na vida das pessoas. Todos os esgotos de Teresina desaguam no rio e, de acordo com Carlos, apenas 17% do esgoto gerado recebe tratamento, todo o resto é depositado no rio sem nenhum cuidado. "As pessoas que por um acaso virem a ter um contato direto com essa água podem acabar adquirindo alguma doença hídrica, o que, devido a essa situação, encontra-se mais propício para acontecer", conclui.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Aldenora Cavalcante (estagiária)