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Por dia, Serviço de Atenção atende duas mulheres vítimas de estupro

No ano de 2015, cerca de 467 mulheres foram vítimas de estupro em todo o Estado, principalmente na Capital

26/05/2016 07:15

Segundo dados do Serviço de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (Samvvis), que funciona na Maternidade Dona Evangelina Rosa, cerca de duas mulheres são atendidas, por dia, vítimas de abuso sexual em Teresina. No ano de 2015, 467 mulheres foram vítimas de estupro em todo o Estado, principalmente na Capital, que registrou 342 casos, seguida dos municípios de Parnaíba (48), Bom Jesus (40), Picos (34), São Raimundo Nonato (9) e Floriano (6).

A gerente de Atenção à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí (Sesapi), Luciana Sena, destaca que Teresina possui um serviço de referência no atendimento a essa mulher vítima de abuso. Ela conta que o Samvvis oferece um atendimento especial à mulher vítima de violência e o Piauí é o único Estado que dispõe do programa com essa especificidade de atendimento.

“O serviço conta com uma equipe formada por médico legista, enfermeiro, psicólogo, técnico de enfermagem e assistente social. Esses profissionais precisam ser capacitados e dispor de uma estrutura para atender de forma adequada esta vítima de violência sexual”, disse Luciana, acrescentando que o Samvvis também atua articulado com outros órgãos, como a Delegacia da Mulher, Cras e Creas, e Conselho Tutelar, no caso de crianças vítimas de abuso sexual.

Procedimento

Luciana Sena enfatiza que, caso uma mulher seja vítima de violência sexual, ela deve buscar atendimento imediatamente, no intuito de garantir que os primeiros cuidados previnam uma gravidez indesejável e até a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV. “Nosso serviço é porta aberta, ou seja, basta a mulher se dirigir ao Samvvis que ela será avaliada e acolhida. A equipe multiprofissional ministrará o contraceptivo de urgência, a quimioprofilaxia, exames necessários e também encaminhamentos a psicólogos ou outros profissionais”, descreve.

A gerente de Atenção à Saúde da Sesapi defende ainda que é preciso que haja uma campanha educativa com relação às crianças, pois estas dependem dos responsáveis para denunciarem. “Muitas vezes, a criança tem dificuldade em conseguir atendimento porque quem leva é o cuidador, e há casos em que No ano de 2015, cerca de 467 mulheres foram vítimas de estupro em todo o Estado, principalmente na Capital essa criança é ameaçada, tem dificuldade em contar o que aconteceu. Essas mulheres vítimas de violência precisam entender que existe um serviço de qualidade no Estado, porta aberta, e que elas podem e devem procurar o mais rápido possível. No caso da gravidez, por exemplo, a pílula do dia seguinte tem que ser usada até 72 horas após o estupro, então é importante que essas pessoas procurem o serviço”, explica.

Cobertura

Luciana Sena pontua ainda que o serviço de atendimento à mulher vítima de violência está implantado nos 11 territórios piauienses, faltando apenas nos municípios de Uruçuí, Oeiras e Valença, que devem ser contemplados com a expansão do serviço para outras áreas.


Por: Isabela Lopes - Jornal O DIA
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