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Por ano, cerca de 360 casais recorrem a tratamentos de fertilização

Cresce número de casais que buscam esse tipo de alternativa em Teresina.

27/07/2015 16:38

Com a vida moderna é cada vez maior o número de casais que adiam o sonho de terem filhos. Anualmente em Teresina, cerca de 360 casais recorrem a tratamentos de fertilização e inseminação como alternativas para transformarem em realidade o sonho de aumentar a família.

Segundo o especialista em reprodução humana, Anatole Borges, é crescente o número de pacientes que buscam técnicas de fertilização. “Há uma tendência de ter filhos mais tarde, e quanto maior a idade da mulher, maior a dificuldade de engravidar”, frisou.

Apesar da infertilidade geralmente estar associada a mulher, o médico explica que nos casos que chegam no consultório as proporções são iguais. “Em 30% dos casos, o problema está na mulher, 30% nos homens e 40% o problema está nos dois”, destacou.

A grande maioria que procura essa técnica enfrenta dificuldade pra engravidar por causa da idade. Mas tem gente que, mesmo mais nova, não teve sucesso por outros motivos. Entre outros problemas associados a infertilidade são comuns a baixa produção ou má qualidade do esperma entre os homens, e nas mulheres, a endometriose.

Em termos de tecnologia, Teresina, não está atrás de nenhuma outra cidade brasileira. Todas as técnicas usadas fora do Estado, existem no Piauí. Segundo Anatole Borges, a reprodução humana, apesar de ser uma ciência nova, avançou muito nos últimos 20 anos. As técnicas de tratamento no que diz respeito a coleta de óvulo, o aumento de chances do óvulo virar um embrião e a avaliação da qualidade desse embrião são as principais conquistas na medicina reprodutiva.

“A pesquisa genética aumenta as chances da fertilização dar certo, pois é selecionado o embrião mais saudável. Em casos de mulheres com idade maior, as chances do bebê nascer com doenças genéticas cresce e com esse estudo podemos eliminar essas enfermidades e ter o nascimento de bebês mais saudáveis, além da chance de aborto cair para menos de 4%”, falou Anatole Borges.

A tecnologia também já consegue reverter situações que há pouco tempo eram consideradas definitivas, como a laqueadura ou vasectomia. “Hoje com a fertilização e a punção testicular é possível que mulheres que fizeram a ligadura de trompas E homens que passaram por vasectomia possam gerar filhos. A fecundação é feita no laboratório e em seguida implantada no útero da mulher. Então tudo isso é avanço da medicina! Com os novos formatos de família é comum que mulheres que já são mães, fizeram a laqueadura e estão em um segundo ou terceiro casamento, possam engravidar novamente”.

O médico que também é o representante da Sociedade Brasileira de Reprodução humano no Estado do Piauí disse que já existe no Brasil um movimento dos planos de saúde para que no futuro eles atendam a demanda de clientes que procuram tratamentos de fertilização “As agências de saúde estão tentando estabelecer um método para que, no futuro, eles cubram o tratamento de reprodução. É algo que está muito cedo, mas já há uma discussão, uma abertura para que isso aconteça, afinal, há uma demanda crescente”, finalizou Anatole Borges.

Fonte: Da Redação
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