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População do Residencial Miriam Pacheco pede fim do Clube de Tiros

Segundo os moradores, os projéteis chegam a atingir as residências e eles temem que alguém seja vítima de bala perdida na região.

19/05/2015 07:02

Os moradores do Residencial Miriam Pacheco, no Vale do Gavião, zona Leste de Teresina, estão incomodados e preocupados com os constantes disparos que são feitos no Clube de Tiros, situado próximo à localidade. Segundo a população, algumas balas chegam a atravessar a mata e atingir as casas. Ainda é possível encontrar projéteis de balas no meio da rua e próximo ao mato que circunda as residências.

Quem reside na região conta que, aos finais de semana, quando ocorrem os treinamentos, a intensidade dos tiros é muito grande e que os moradores chegam a se assustar. Outros preferem se trancar dentro das casas, temendo balas perdidas. Poucos aceitam falar sobre o Clube de Tiros e temem represálias.

Uma dona de casa, que prefere não se identificar, relata que, neste último domingo (17), foi realizado um treino e que a intensidade dos disparos lhe assustou. “Desde que a gente veio morar aqui, é isso. Nos finais de semana, eles ficam treinando e a gente fica morrendo de medo, porque quem não tem medo de tiro, né? Têm umas pessoas que nem deixam os filhos saírem na rua quando eles começam a atirar, porque têm medo de acertar algumas delas”, disse.

Foto: Marcela Pachêco/O Dia


Moradores estão apreensivos, mas Polícia garante que parecer para a prática destas atividades no local é favorável e Clube deve continuar atuando

Outra moradora, que também quer se resguardar, afirma que está sofrendo de depressão por conta dessa situação. Sua residência fica bem próxima do local onde são realizados os treinos e o medo é constante. A dona de casa confessa que tem feito uso de remédio controlado e que está doente de tantas ameaças que já recebeu por reclamar dos tiros.

“Quando eles estão atirando muito, a gente é obrigado a ligar para a polícia, para ver se eles diminuem ou param, mas a viatura nunca vem. Nos finais de semana, é quando acontece deles treinarem por várias horas e a gente fica com muito medo. Algumas casas já foram acertadas, inclusive a minha. Quando eu vim morar aqui, tinha uma marca de tiro na janela, mas ainda bem que não acertou ninguém”, fala.

Há um ano, os moradores têm lutado na Justiça para tentar impedir que os treinos continuem sendo realizados no local. Inclusive, eles já chegaram a recolher diversos projéteis encontrados próximos às casas e encaminharam à Defensoria Pública, para que os fragmentos fossem periciados.


Veja mais detalhes na edição desta terça-feira (19) do Jornal O Dia

Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia
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