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Ponte Estaiada recebe iluminação dourada durante todo o mês de setembro

Campanha alerta para o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil no Piauí

02/09/2015 07:24

A Ponte João Isidoro França - Ponte Estaiada - ficará dourada, durante todo este mês, em alusão à campanha “Setembro Dourado”, que tem como objetivo alertar sobre o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. A campanha é coordenada pela Rede Feminina de Combate ao Câncer do Piauí (RFCC), em parceria com a Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (CONIACC). 

Além da iluminação especial, a Rede prepara uma ação que vai acontecer no dia 26 de setembro. Denominada de Jogos Pela Vida, a atividade acontece no Parque Potycabana, a partir das 17h, com práticas esportivas e distribuição de folders explicativos sobre o câncer em crianças e adolescentes, que, em 2011, causou 2.812 mortes no Brasil. 

Foto: Jailson Soares/ ODIA

Para a voluntária Tânia Cardoso, coordenadora do Projeto Alertar da RFCC, é de extrema importância chamar a atenção da sociedade para o câncer em crianças e adolescentes, alertando para os sintomas da doença e para o cuidado com o diagnóstico precoce. 

Ainda de acordo com a voluntária, instituições que atuam, em todo o país, na luta contra o câncer infantojuvenil estão se movimentando com o objetivo de estimular as discussões em prol do diagnóstico precoce, semelhante ao Outubro Rosa e ao Novembro Azul, que abordam temáticas do câncer de mama e do câncer de próstata, respectivamente. 

O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e pode ocorrer em qualquer local do organismo. Estima-se que correrão cerca de 11.840 casos novos de câncer em crianças e adolescentes no Brasil, por ano, em 2014 e em 2015. As regiões Sudeste e Nordeste apresentarão os maiores números de casos novos, 5.600 e 2.790, respectivamente; seguidas pelas regiões Sul (1.350), Centro- Oeste (1.280) e Norte (820). 

Estatísticas 

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer infantil é a maior causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 18 anos no Brasil, 7% do total. Mais de 10 mil novos casos de câncer são registrados nessa faixa etária anualmente no país e correspondem de 1% a 3% de todos os tumores malignos na maioria das populações. 

O tipo de câncer infantojuvenil mais comum é a leucemia (cerca de 25% a 35%). Os linfomas correspondem ao terceiro tipo de câncer mais comum em países desenvolvidos. Já nos países em desenvolvimento, são o segundo, ficando atrás apenas das leucemias. Os tumores de sistema nervoso ocorrem principalmente em crianças menores de 15 anos, com um pico na idade de 10 anos. Estimase que cerca de 8% a 15% das neoplasias pediátricas sejam representadas por esse grupo, sendo o mais frequente tumor sólido na faixa etária pediátrica. 

Hoje, em torno de 70% das crianças e adolescentes acometidos de câncer podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado. O câncer infantojuvenil apresenta características histopatológicas próprias. Por isso, o câncer que acomete crianças e adolescentes deve ser estudado separadamente daqueles que acometem os adultos, principalmente no que diz respeito ao comportamento clínico. Esses cânceres têm, na sua maioria, curtos períodos de latência, são mais agressivos, crescem rapidamente, porém respondem melhor ao tratamento e são considerados de bom prognóstico. 

Desse modo, as classificações utilizadas para os tumores pediátricos são diferentes daquelas utilizadas para os tumores nos adultos, sendo a morfologia a principal característica observada. 

Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que vão dar origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).

Por: Ana Paula Diniz- Jornal O Dia
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