O jogo mais esperado dos últimos anos finalmente chegou ao Brasil na última quarta-feira, dia 03. Pokémon Go já é um fenômeno em todo o país, e em Teresina não é diferente. Andando pelas ruas e praças da capital já é possível visualizar os jogadores, ou melhor, treinadores em busca de capturar os Pokémons e subir de nível dentro do jogo.
O jogo utiliza a chamada realidade aumentada para proporcionar uma imersão dos usuários no mundo das batalhas do anime japonês, sucesso de audiência na dé- cada de 90. Na prática, é possível visualizar os monstros através das imagens capturadas pela câmera do celular. Em toda a cidade, existem pontos onde é possível capturar Pokémons com maior facilidade, o que atrai cada vez mais usuários.
Jogo usa a chamada "realidade aumentada" para colocar Pokémons nas ruas da cidade (Foto: Moura Alves/ O Dia)
A jornalista Gilderlane Camelo sempre foi uma das entusiastas da nova forma de interação proporcionada pela realidade aumentada. Ela avalia positivamente os primeiros dias de funcionamento do Pokémon Go no Brasil, e diz que o jogo já conseguiu superar todas as suas expectativas.
“No início era somente expectativa e uma busca incessante por vídeos de outros jogadores em países onde o jogo já havia sido liberado. Ainda na parte da noite do dia 03, quando o jogo foi liberado no Brasil eu consegui capturar um Rattata na porta de casa, foi a sensação mais mágica que pude sentir. O jogo não só corresponde as expectativas como proporciona uma interação social maravilhosa entre os jogadores e aspirantes”, destaca a jogadora.
Apesar do pouco tempo de funcionamento do jogo no Brasil, Gilderlane diz que já vivenciou algumas situações curiosas. “Quanto as vivências, são várias, desde caminhar dois quilômetros no meu bairro redescobrindo pontos inusitados para conseguir capturar itens em pokéstops até conversar com pessoas aleatórias na farmácia, no dentista, no ponto de ônibus e vários outros locais. Poké- mon Go é de fato a nova febre brasileira, tanto para quem já ama games quanto para quem está começando agora”, relata.
Nova tecnologia apresenta possibilidades
infinitas de misturar o "real com o virtual"
Entre os milhares de acontecimentos gerados pelo tão
comentado “Pokémon Go”,
a expansão de uma nova tecnologia têm provocado muito
encantamento por contas de
suas infinitas possibilidades
de uso. Trata-se da chamada
“Realidade Aumentada”, uma
técnica que permite inserir objetos virtuais no mundo real. É
graças a ela que os jogadores
do Pokémon Go conseguem
ver os “bichinhos” no meio da
rua, nas praças ou nos pontos
de ônibus.
O desenvolvedor iOS Douglas Taquary, lembra que sua
utilização em ferramentas de
entretenimento é apenas uma
entre milhares de possibilidades. “Vejamos, por exemplo,
na área da arquitetura ou da
construção civil como um
todo. Com um equipamento
com uma câmera é possível
mostrar a um cliente como
ficaria sua casa no local onde
nada foi construído ainda. Ou
seja, misturar a imagem virtual
da casa com o real que é o terreno. Dá para visualizar perfeitamente como ficará tudo depois de realizada a obra, isso é
muito interessante”, comenta
Douglas.
O especialista destaca ainda
que a “Realidade Aumentada”
pode ser muito bem utilizada nos simuladores de aviões
ou de automóveis. “Em um
treinamento ou em um teste,
com a realidade aumentada,
é possível colocar obstáculos
virtuais em uma pista real,
criando barreiras de acordo
com a necessidade a ser testada”, disse.
Também na área da diversão, a tecnologia já está sendo
usada no Japão para promoção
de shows onde público e o artista estão em locais totalmente diferentes. Um cantor, por
exemplo, pode ser colocado
bem perto de seu público de
forma virtual, apenas com o
uso da realidade aumentada.
Sai caro?
O melhor de tudo é que não
é preciso grandes recursos
para o uso dessa tecnologia.
De acordo com Douglas, basta
algum recurso computacional
e uma câmara. “Está sendo
usada em até smartphones
mais simples, nem precisa ser
de última geração. Isso implica dizer que as vertentes são
realmente infinitas. Costumo
falar que tudo vai depender
da necessidade de uma área
qualquer ou de uma profissão
específica”, concluiu.
Edição: Marcelo CostaPor: Natanael Souza - Jornal O DIA