O poeta Francisco Hardi Filho morreu na manhã desta sexta-feira (26) vítima de falência múltipla dos órgãos, aos 81 anos. Ele estava internado na UTI do Prontomed desde o último dia 08, após sofrer uma crise de bronquite. Segundo o boletim médico, o poeta sofreu uma parada cardíaca na noite de ontem, quando foi constatada a sua morte cerebral. Nesta manhã, entretanto, os exames apontaram a falência múltipla dos órgãos como causa de sua morte.
O sepultamento acontece no final da tarde desta sexta-feira (27), no cemitério Jardim da Ressurreição, Zona Sudeste de Teresina. O corpo está sendo velado desde o meio dia, na Funerária Lotus, na avenida Miguel Rosa.
Francisco Hardi Filho era natural de Fortaleza e veio para o Piauí como funcionário público. Seu primeiro livro premiado pela Prefeitura Municipal de Teresina foi "Cinzas e Orvalhos", editado em 1964. Assim, a Assembléia Legislativa lhe concedeu o título de cidadania piauiense.
Desde então, ele passou a ser atuante na literatura piauiense. Foi membro ilustre da Academia Piauiense de Letras, pertenceu ao Círculo Literário Piauiense (CLIP), à União Brasileira dos Escritores do Piauí e também foi Secretário Executivo do Projeto Petrônio Portela, órgão da Fundação Cultural do Piauí, e Chefe de Gabinete da referida Fundação.
A Academia Piauiense de Letras enviaram uma nota de pesar, lamentando o falecimento do poeta. Confira nota na íntegra: A Academia Piauiense de Letras e seus membros e servidores, bem como a literatura e a cultura do Piauí, lamentam o falecimento de Francisco Hardi Filho, na manhã de hoje, aos oitenta anos de idade, destacando sua contribuição para as letras locais, por conta do seu lirismo e sensibilidade de sua obra intimista e telúrica.
Obras:
Cinzas e Orvalhos (1964)
Gruta Iluminada (1971)
Poesia e Dor (1974 – Ensaio sobre Celso Pinheiro, poeta piauiense)
Poesias de Desencanto e de Amor (1983)
Teoria do Simples (1986)
Cantovia (1986)
Poesia e Dor no Simbolismo de Celso Pinheiro (1987)
Suicídio do Tempo (1991)
Oliveira Neto (Ensaios – 1994)
Estação 14 (1997)
Veneno das Horas (2000)
O Dedo do Homem (Diário – 2000)
Edição: Nayara Felizardo