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Planejamento de Teresina falha no período chuvoso

Com as chuvas, a cidade se transforma em um cenário caótico. Ruas e casas alagadas trazem prejuízo aos moradores e preocupam gestores.

19/04/2015 07:58

O teresinense, mesmo castigado pelo tempo de sol forte durante a maior parte do ano, não tem tido muitas razões para comemorar as temperaturas amenas proporcionadas pelas recentes chuvas precipitadas na Capital. A questão é que a falta de drenagem pluvial urbana transforma a cidade em um cenário que assusta motoristas, pedestres e moradores de diferentes regiões. Ruas alagadas, bueiros entupidos, árvores caídas, residências e prédios invadidos por águas não deixam dúvida quanto ao despreparo estrutural da cidade para lidar com as águas.

 A chuva mais forte de todo o período foi constatada neste mês de abril, há dez dias, com volume de precipitação em 70 milímetros. O volume de água obstruiu estradas, alagou ruas e chegou a inundar um luxuoso condomínio fixado próximo às margens da BR-343, onde mora o governador do Estado e outras autoridades políticas. As consequências também chegaram à própria via de acesso e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) precisou interditar totalmente um trecho da BR-343 destruído pela chuva. 

Para dar resolutividade aos problemas enfrentados por várias zonas da cidade, a Prefeitura Municipal de Teresina segue o direcionamento trabalhado pelo Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDrU), que prevê as drenagens de bacias da cidade e execução de obras de galerias para receber as águas da chuvas. A primeira delas, sendo construída no bairro Jóquei Clube, na Avenida Nossa Senhora de Fátima, zona Leste de Teresina. 

Para a secretária executiva de Planejamento de Teresina, Constance Jacob, a impermeabilização do solo é um dos principais causadores dos transtornos em dias de chuva. Por isso, a Lei de Regulação de Drenagem, que já foi protocolada junto à Câmara Municipal, irá garantir a adequação de medidas de drenagem para futuras construções na cidade. 

Já o Conselho Regional de Agronomia e Engenharia do Piauí (Crea- -PI) reforça a fiscalização para que os novos projetos se adequem ao que garante o Plano Diretor do município. Para o vice- -presidente do órgão, Teodoro Reinaldo, a gestão em nível municipal e estadual ainda está em débito com ações que garantam efetivamente a melhoria do sistema de drenagem da cidade. 

Enquanto o problema não é solucionado, grande parte da população se assusta com o mínimo resquício de chuva. “Eu evito sair de casa quando vejo que vai chover, porque fica tudo alagado e não vejo os gestores tentando resolver. Dizem que a cidade é planejada, mas tem muita coisa a ser resolvida e uma delas, com certeza, é essa falta de escoamento”, critica a educadora física, Nathalia Leal.

Veja a matéria completa na edição de hoje (19) do Jornal O Dia.

Por: Glenda Uchôa- Jornal O Dia
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