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Piauienses desenvolvem pesquisa para ampliar aproveitamento do babaçu

Até o momento, o projeto já desenvolveu mais de 60 produtos a base de babaçu, entre alimentícios, fármacos, decoração e de limpeza.

05/07/2015 08:19

O babaçu é um dos frutos mais tradicionais, e com maior potencialidade, da região do meio norte Brasileiro. Pensando nisso, um grupo de pesquisadores piauienses, ligado a Universidade Federal do Piauí (Ufpi), desenvolveu o projeto Babcoäl, que visa melhorar o aproveitamento do babaçu, através do desenvolvimento de produtos e a realização de parcerias com as unidades familiares que trabalham na coleta do fruto.

O nome parece alemão, mas o projeto é totalmente piauiense. “A ideia de usar um nome estrangeiro, Babcoäl, veio para causar um maior impacto em quem vai conhecer o projeto. A nossa ideia é desenvolver uma cadeia de valores para o babaçu. Através de produtos, logística de produção e aproveitamento de todas as partes do fruto”, explica o Tiago Patrício, coordenador do projeto.

Segundo Tiago Patrício, a principal barreira enfrentada para o aproveitamento total do babaçu é a questão cultural. Ele explica que a figura do atravessador, que intermedia o trânsito do produto entre os coletores e as indústrias, acaba atrapalhando a gestão do produto.

Foto: Divulgação


Do babaçu, um dos frutos mais tradicionais da região meio norte do país, tudo pode ser amplamente aproveitado

“Nesse processo muitas partes importantes do babaçu são perdidas, simplesmente descartadas, o que é no mínimo uma insanidade. Do babaçu podemos aproveitar tudo, essa falta de informação, gera prejuízos incalculáveis”, avalia.

Atualmente, o projeto Babcoäl já desenvolveu mais de 60 produtos a base do babaçu. “Temos produtos alimentícios, de limpeza, fármacos, de decoração, para construção civil, enfim, uma grande quantidade de formas de utilizar a matéria prima”, explica.

O projeto conta com 24 pesquisadores, além de alunos dos cursos da Universidade Federal, e é feito em parceria com a Embrapa, Sebrae e o Incra. Apesar das parcerias, a dificuldade financeira é a principal barreira para expansão do projeto.

“Desde o ano passado estamos sem receber recursos para dar continuidade, e ampliar as atividades do Babcoäl. A nossa iniciativa visa transformar pesquisa cientifica em produtos reais, que possam ser utilizados pela comunidade”, afirma o coordenador do projeto.

Por: Natanael Sousa - Jornal O Dia
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