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Piauí registra queda de 21% em nascimentos em janeiro de 2021

No Estado, nasceram 2.906 bebês em 2021, sendo que em 2020 foram registrados 3.693 nascimentos

09/02/2021 11:19

Até agora, a pandemia do novo coronavírus deixou mais de 230 mil mortos no Brasil e já começa a causar impactos futuros, ao atingir as taxas de natalidade. Segundo um levantamento da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), com base nos registros de nascimentos realizados nos 7.651 Cartórios de Registro Civil existentes, revela queda histórica de 15% nos nascimentos em janeiro de 2021, primeiro mês após o período normal de gestação, desde a chegada da Covid-19 no Brasil, em que os casais optaram por ter ou não filhos, já com a crise sanitária instalada no País.

Em janeiro deste ano, foram realizados 207.901 nascimentos, número 15,1% menor que o registrado em janeiro do ano passado, quando houve 244.974 registros. O número é 15 pontos percentuais menor que a média histórica nacional do mês de janeiro, desde 2002, que é de 0% ao ano, número que se repete no período anual.

O Piauí aparece entre os Estados com maior redução de nascimentos no mês de janeiro de 2021, quando foram registrados 2.906 nascimentos. A queda registrada é de 21,3% em relação ao mesmo mês de 2020, quando foram emitidos 3.693 registros. Essa redução foi sentida em 26 das 27 unidades federativas brasileiras. Somente o estado de Rondônia registrou alta de 3% nos nascimentos neste período.

(Foto: Arquivo ODIA)

No topo da lista com as maiores reduções estão Maranhão (-26%), Amazonas (-23,9%), Roraima (-23,1%), Piauí (-21,3%) e Mato Grosso (-20,8%). Rio de Janeiro registrou queda de -19,3%, São Paulo de -15,7%, Distrito Federal de -15,1%, Rio Grande do Sul de -14,5%, Minas Gerais de -10,7%, e Paraná de -9,6%. 

O número de nascimentos registrados em 2021 ainda pode vir a aumentar, assim como a variação da média anual, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o nascimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência. Além disso, alguns estados brasileiros expandiram o prazo legal para comunicação de registros em razão da situação de emergência causada pela Covid-19.

"A Covid-19 afetou todos os aspectos vitais da população brasileira, sejam eles pessoais, econômicos ou da vida civil. No Registro Civil, que compreende os atos principais de cidadania, já eram nítidos os impactos nos óbitos e nos casamentos, mas agora, passados nove meses desde o mês de abril, verificou-se o primeiro impacto na natalidade da população brasileira. Na pandemia, os casais optaram por adiar o sonho de terem filhos, o que certamente impactará futuramente no desenvolvimento do País", explica o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli.

Vale lembrar que, de acordo com dados do Portal da Transparência do Registro Civil, o Piauí teve sete vezes mais nascimentos do que mortes por Covid-19 entre os meses de março até meados de setembro de 2020. Neste período, foram 16.331 piauienses nascidos vivos e 2.127 vidas perdidas em decorrência da doença.

As cidades onde mais se registraram nascimentos foram Teresina (5.197 nascidos); Parnaíba (1.618 nascidos); Piripiri (659 Nascidos); São Raimundo Nonato (637 nascidos); e Picos (592 nascidos). Juntas, elas correspondem a 53,2% do total de nascimentos registrados no Piauí durante estes seis meses de pandemia.

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