O Mercado São José de Teresina,
mais conhecido como
Mercado Central ou Mercado
Velho, tem mais de 150 anos
de fundação. Confundindo-se
com a própria história da cidade
de Teresina, o local é referência
na venda de produtos
regionais e artesanatos. Apesar
da sua história e tradição,
o mercado tem sido cenário
de impasse entre a Prefeitura
de Teresina e os permissionários do local. Isto porque, desde
2013, a primeira etapa de
uma reforma no espaço onde
ficavam os artesãos está em
construção.
Segundo os artesãos, a previsão
inicial de entrega do
espaço era de seis meses. No
entanto, já se passaram três
anos desde o início da reforma.
A primeira etapa da obra
contempla a restauração e reabilitação
da parte mais antiga
do mercado, com a fachada e
toda a estrutura interna, bem
como telhado e calçada. A reportagem
do Jornal ODIA esteve
no local e percebeu que,
apesar de haver operários no
local, as obras estavam quase
paradas.
(Foto: Moura Alves/ O Dia)
Para a artesã Maria do Socorro
Lima a obra está em ritmo
lento. Segundo ela, há dias
em que não há nenhum operá-
rio trabalhando no local. “Têm
dias em que você não vê ninguém
trabalhando. Já fazem
quatro anos do início da reforma
e até agora só entregaram
poucas lojas. A única explicação é porque não há operários
trabalhando todos os dias,
porque, se tivesse, com certeza
já teriam terminado”, destaca.
Queda nas vendas
A artesã Sandra Lima afirma
que, por causa da obra, os
artesãos foram transferidos
provisoriamente para o piso
superior do mercado e, desde
então, as vendas caíram mais
de 50%. “Os clientes não
querem vir para cá porque,
além do mau cheiro da carne,
têm também as escadas.
As pessoas não sobem. Nós
perdemos mais da metade
das vendas. Mas o jeito é esperar”,
diz.
O permissionário Antônio
Filho trabalha no Mercado
Central há 40 anos e foi um
dos primeiros permissionários a receber a sua loja reformada.
A entrega aconteceu
no último final de semana.
“Eles reformaram a nossa
loja porque nós tínhamos um
contrato nos dando o direito
de ficar aqui. Então, eles reformaram
e nós recebemos
novamente ontem (15). A
estrutura ficou muito parecida
com o que era antes”, conta
o permissionário.
Edição: Virgiane PassosPor: nathália Amaral