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Período chuvoso propicia o surgimento de gripes e alergias respiratórias

Médica orienta que é preciso cuidar para que o "œsimples resfriado" não evolua para um quadro gripal ou para um problema respiratório maior.

22/02/2015 10:51

Em Teresina, o clima é quase sempre muito quente. Tanto que, quando as chuvas começam a cair, a maior parte da população sente no corpo os efeitos do “choque térmico”. Uma das áreas mais afetadas são as vias respiratórias, como o nariz. O desconforto nasal, espirros frequentes e, até mesmo, dificuldades para respirar são relatos comuns de quem sofre com o problema. No entanto, é preciso cuidar para que o “simples resfriado” não evolua para um quadro gripal ou para um problema respiratório maior.

Mas, como diferenciar uma gripe de uma crise de sinusite? E de uma rinite? Especialistas apontam diferenças básicas, mas fundamentais para tratar a doença de forma adequada e evitar complicações. A otorrinolaringologista Waleria Eulálio de Moura explica que a diferenciação das doenças é bastante simples. “A gripe é causada pelo vírus influenza e tem como principal sintoma secreção nasal, coriza, mal-estar, febres baixas e dura, em média, uma semana”, explica.

A gripe é uma infecção do sistema respiratório que, se não tratada, pode evoluir para uma pneumonia, que acaba levando muitas pessoas para os hospitais. Por ser uma das doenças respiratórias mais comuns do país, a pessoa pode ser alvo do vírus da gripe por mais de uma vez ao ano. O mercado ainda não lançou nenhum medicamento que aja em específico para a gripe, o que existe atualmente são medicamentos que agem de forma isolada nos seus sintomas, com o objetivo de aliviar os desconfortos, como dores musculares e febres. Os principais medicamentos sintomáticos, nesses casos, são os analgésicos e antitérmicos.

Já a rinite é um processo inflamatório crônico da mucosa nasal, que está diretamente relacionada a fatores ambientais, como pó, poeira, pelos de animais, os chamados de alérgenos. Os sintomas são bastante semelhantes aos da gripe, tais como secreção nasal, coriza, tosses, espirros. “O organismo da pessoa que possui rinite é menos resistente a esses fatores ambientais e desencadeia uma crise quando há o contato com essas substâncias”, observa a especialista.

Waleria Eulálio ressalta que o nariz é a porta de entrada para o ar e é o responsável por “filtrar” as impurezas. Por isso, os sintomas da rinite são bem locais e trazem grandes desconfortos. “Já a sinusite é causada por uma infecção bacteriana. Ela se manifesta quando a crise alérgica evolui para uma secreção bacteriana no seio da face. Seus sintomas principais são cefaleia, tosse e secreção nasal mais esverdeada. O tratamento é a base de antibióticos”, pontua. 

Quando há crises fortes de rinite e o paciente tiver uma predisposição para a asma, uma crise asmática pode aparecer com falta de ar e cansaço.

Quem possui problemas respiratórios sabe muito bem o desconforto que eles causam. É o caso da atendente Camila Alves dos Santos. Ela convive com as “ites” (rinite e sinusite) há mais de quatro anos e reclama dos sintomas. “Sinto moleza, dor no corpo, o nariz fica entupido, sinto dores de cabeça. Espirro bastante também”, relata.

Algumas crises já foram tão fortes que o nariz de Camila já chegou a sangrar. “De tanto espirrar, já sangrei pelo nariz. Há quatro anos, aproximadamente, comecei o tratamento a base de antibióticos e antialérgicos e as crises diminuíram, mas ainda acontecem”, salienta. Os principais vilões na vida da atendente são bichos de pelúcia, fumaça de cigarro, tapetes, poeiras e etc. Para reduzir as crises, ela admite que já adotou algumas medidas caseiras como a troca de lençóis com frequência, usar soro nasal diariamente para hidratar a mucosa nasal e evitar contato com poeira. 

Leia a íntegra desta reportagem na edição deste domingo (22) do Jornal O DIA

Fonte: Jornal O DIA
Por: Mayara Martins
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