O Portal O DIA esteve no local e constatou que a obra permanece sendo realizada. Mais de 70 operários trabalham na construção. A previsão, segundo informações apuradas pela reportagem, é de que a nova sede esteja pronta até o final de 2016. Para isso, novos operários deverão ser contratados, com o objetivo de intensificar o ritmo da obra.
Tal informação contraria a decisão do juiz Édison Rogério Leitão Rodrigues, titular da 6ª Vara Cível de Teresina, que expediu uma sentença no dia 24 de março, ordenando que a obra fosse suspensa imediatamente, devido aos indícios de ilegalidade do negócio que resultou na venda do Jockey Club.
Em sua decisão, o magistrado declarou nula a assembleia geral extraordinária realizada no dia 22 de dezembro de 2011, por meio da qual foi autorizada a venda da sede, localizada na Avenida Nossa Senhora de Fátima, zona leste de Teresina.
O juiz destaca que a assembleia em questão fora convocada por uma diretoria irregularmente eleita e, portanto, sem poder para tomar quaisquer decisões relacionadas à gestão do clube. Além disso, a reunião teria ocorrido ao revés de decisão judicial que determinava a suspensão de assembleia anterior realizada com idêntico propósito.
Sobre a obra da nova sede, o problema seria o contrato de compra e venda, feito por essa diretoria eleita na assembleia considerada ilegal. De acordo com o juiz, o consórcio de empreiteiras foi feito de forma absolutamente precária. “[...] foi um ajuste muito vago, pois não se fala no tamanho da construção, no projeto a ser observado, nem sequer no valor da obra”, pondera o juiz Édison Rogério.
De acordo com informações apuradas pelo PortalODIA, a nova sede do Jockey Club ocuparia um terreno com cerca de 50 hectares, onde haveria um parque de vaquejada, um hipódromo, duas quadras de tênis e duas de futsal, uma pista para corrida de cavalos e outra para atletismo, um campo de futebol, um pesque pague, uma área de shows, três piscinas e um parque aquático.
No entanto, a obra teve início há mais de dois anos e nada do que está previsto foi realmente construído. Até agora, somente algumas estruturas foram iniciadas.
O juiz Édison Rogério determinou que, caso a obra continuasse irregularmente, a multa aplicada seria de R$ 1 mil por dia, o que já somaria um montante de R$ 36 mil, contanto do dia 24 de março – quando foi expedida a ordem judicial – até esta sexta-feira (29/05).
Por: Nayara Felizardo