A poluição no Rio Poti tem sido uma grande preocupação, tanto da população quanto dos órgãos públicos, principalmente com o avanço dos aguapés e despejo de resíduos no rio. Para identificar e coibir a poluição das águas foi dado início hoje (04) uma operação pente fino, que consiste percorrer a extensão do Rio Poti, desde a ponte do Rodoanel até o Encontro dos Rios.

O objetivo é localizar esses pontos, advertir e punir, se necessário, os responsáveis por despejar resíduos no rio. A operação deverá durar um mês e os pontos identificados farão parte de um relatório. Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente, Aluísio Sampaio, alguns pontos foram identificados através de mapeamento remoto.

Foto: Assis Fernandes/O Dia

“Estamos localizando esses pontos para tentar fazer esse trabalho para minimizar a poluição no Rio Poti. A equipe dos técnicos da secretaria identificaram vários pontos, como dragas, locais que estão jogando restos de material de construção, e o objetivo é percorrer do Rodoanel até o Encontro dos Rios”, disse.

Aluísio Sampaio ressaltou que Teresina tem um problema sério de esgotamento sanitário e com uma rede de esgoto bastante precária, um dos motivos que poluem os rios, entretanto, há outros pontos que devem ser levados em conta, como desmatamento, galerias irregulares e abatedouros clandestinos.

A operação pente fino contará com o apoio do Ibama, do Batalhão da Polícia Ambiental e técnicos da Semam, e será feita por água e terra. As equipes, utilizando barcos, percorrerão o leito do rio para identificar esses pontos de poluição e as equipes terrestres, através de GPS, irão até o local fazer a verificação mais detalhada e autuação.

Os pontos de poluição, seja de esgoto doméstico ou de grandes empresas, serão identificados e os proprietários autuados. As multas podem variar de R$5 mil a R$100 mil, dependendo dos atenuantes e agravantes.

Secretário de Meio Ambiente, Aluísio Sampaio

Além da operação, placas de sinalização serão colocadas em áreas verdes da cidade e parques ambientais, parque a população tenha consciência de que aquele local não pode ser usado para despejo de lixo. “Muitas áreas verdes e parques ambientais estão sendo invadidos pelas pessoas, porque a população acha que é uma área particular. E da mesma forma nós faremos no rio. Em alguns pontos que estiverem vulneráveis e não forem de propriedade privada, nós vamos sinalizar”, falou Aluísio Sampaio, secretário do Meio Ambiente.

Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia