A determinação da prefeitura para o aumento da passagem de ônibus em Teresina já causa transtornos à população. Na manhã de hoje (06), passageiros que faziam a linha do bairro Monte Verde, desavisados e inconformados com o novo preço, causaram confusão dentro do ônibus. 

A diarista Janaína de Oliveira, estava presente no momento e conta como o fato ocorreu. “O ônibus não estava nem tão lotado, mas muita gente não sabia que a passagem tinha subido. Aí todo mundo foi para cima do cobrador”, diz.

Outra situação observada pelos passageiros é que o valor cobrado pela condução é de R$ 3,30, mesmo se os créditos tiverem sido recarregados antes do reajuste. Ainda há relatos de usuários que ficam com valores "sobrando" no cartão e acabam perdendo esse dinheiro. Isso acontece porque o usuários não podem botar um valor para completar o preço da nova tarifa.

 De acordo com a assessoria do SETUT, a empresa só cumpre determinações da prefeitura e qualquer dúvida ou transtorno em relação ao aumento deve ser tratado com a STRANS. O gerente de planejamento da STRANS Vinicius Rufino, afirmou que, se os créditos foram recarregados antes do reajuste, o valor cobrado é de R$ 2,75, sem prejuízos para o usuário. "Mas se os créditos expirarem ou forem recarregados depois do reajuste, o valor cobrado é R$ 3,30”, diz. O gerente ainda completa dizendo que qualquer situação em que o usuário se sentir prejudicado, ele deve se dirigir ao SETUT para avaliação do cartão.

Reação

O vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT) solicitou formalmente a planilha de custos que teria sido usada como base para o aumento da passagem. “Nós queremos ver quais motivos levaram a Prefeitura a esta conclusão de aumento absurdo. Acredito que tem alguma coisa muito séria por trás dessa medida porque não tem nenhum índice, nos últimos 20 anos na história de Teresina, que registre um aumento tão alto nas tarifas de ônibus”, afirma.

Dudu ainda enfatiza que se for detectada má fé dos gestores em relação ao aumento das passagens, vai recorrer à justiça e tomar as medidas cabíveis.  “Podemos propor também na Câmara Municipal um decreto legislativo anulando um ato do prefeito, se constatarmos que houve abuso, principalmente no que se refere à passagem de ônibus com um aumento de 20% sem nenhuma melhoria no serviço que é oferecido”, diz.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Aline Guimarães