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No Piauí, focos de incêndio tiveram aumento de 63% em um ano

Somente em 2018 já foram registrados mais de 4.700 focos de incêndio. Dois municípios do interior do estado estão em alerta.

14/09/2018 17:23

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), o número de focos de incêndios no Piauí teve um aumento de 63% em relação a 2017. De acordo com os dados, em 2018 já foram registrados 4.721 focos acumulados, enquanto em 2017 apenas 2.905 foram registrados. O número é preocupante, em especial se considerarmos que um foco de incêndio corresponde a um campo de futebol.

No Piauí, focos de incêndio tiveram aumento de 63% em um ano. (Foto: Reprodução)

Nesta quinta-feira (13), um incêndio de grandes proporções atingiu seis lotes de terra e até casas na cidade de Santa Cruz do Piauí, na região Sul do estado. Com as chamas, vegetações inteiras foram queimadas e animais morreram carbonizados. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar atuaram no combate ao fogo utilizando caminhões pipa. 

Segundo o coordenador estadual do Centro de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama, Gildênio Souza, os municípios de São José do Peixe e São Miguel do Tapuio estão em estado de alerta devido ao alto índice de focos de incêndio. Em São José do Peixe as ocorrências são registradas desde o dia 6 deste mês. Já em São Miguel do Tapuio já foram confirmados 70 focos de calor.

No Piauí, focos de incêndio tiveram aumento de 63% em um ano. (Foto: Reprodução)

“São municípios que preocupam porque atinge o social. O prejuízo não é só ambiental, mas também há prejuízos para a comunidade. Já começa a haver uma preocupação com o perímetro urbano, mas o que soube é que o estado tem se mobilizado para ter as primeiras ações de reconhecimento para debelar esses incêndios”, destaca.

De acordo com Gildênio Souza, as ocorrências de focos de incêndio estão relacionadas à falta de chuvas e altas temperaturas, em especial na região Norte do Piauí. “Na última semana nós tivemos chuva em vários locais do Piauí, mas no Norte não teve. Ano passado nós tivemos essa regularidade de chuva, coisa que não aconteceu agora no mês de julho e agosto. Portanto, a estação secou e a vegetação cresceu”, explica o coordenador do Prevfogo, acrescentando que o aumento nos focos de incêndio já era esperado pelo órgão.

Apesar dos alertas, a ação humana ainda é a principal causadora de incêndios no Piauí. O coordenador do Prevfogo explica que, por não ser proibido legalmente, muitos proprietários de terra ainda utilizam o fogo para fazer a limpeza do terreno. “As ocorrências são maiores por negligência ou por uso do fogo permitido, tendo um incremento maior nos meses de agosto e setembro, que é quando cessa o período de chuvas”, finaliza.

Por: Nathalia Amaral, com informações de Lalesca Setúbal.
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