Apesar do aumento no
valor da multa, ainda é
comum encontrar veículos
estacionados de maneira
irregular nas vagas destinadas
a pessoas com deficiência.
Em vigor desde o
início do mês de janeiro, a
nova legislação pune com
maior rigor o motorista que
estacionar nesses espaços.
O valor da multa passou de
R$ 53,20 para R$ 127,69, e
a infração passou de leve
para grave.
A mudança parece não
ter inibido os motoristas
teresinenses. Andando
pelas ruas do Centro da
Capital, é possível flagrar
veículos estacionados
nas vagas reservadas e,
até mesmo, em cima das
rampas de acesso para
cadeirantes. Uma situação
que prejudica a mobilidade
dos deficientes físicos, que
sofrem diariamente com
o desrespeito dos seus
direitos, que são garantidos
por lei.
A presidente da Associação
dos Cadeirantes
de Teresina (Ascamte),
Jucilene da Silva, denuncia
que, apesar do aumento do
valor da multa, as vagas
destinadas aos deficientes
ainda continuam sendo
ocupas irregularmente
na Capital. A desculpa
dada por quem comete
essa infração é sempre a
mesma: “Parei aqui por
um minuto, apenas para
resolver um problema”.
“Apesar do aumento do
valor da multa, a situação
continua do mesmo jeito
aqui em Teresina. Continuam
desrespeitando
nossos direitos, até
mesmo na frente os órgãos
públicos. A vaga está lá,
mas o carro que ocupa não
é nosso”, desabafa a presidente
da Ascamte.
Para Jucilene da Silva, se
a mudança na legislação não
for aliada a uma fiscalização
mais rigorosa, o comportamento
dos motoristas não
deve mudar. “Lei, a gente já
tem muitas, mas ninguém
quer respeitar. O problema
está na fiscalização, que precisa
ser mais eficaz”, avalia.
A mudança de comportamento
dos motoristas
teresinenses também é
vista pelas pessoas com
deficiência como um ponto
essencial para a garantia
dos direitos.
“As pessoas
dão muitas desculpas
esfarrapadas quando
estacionam na vaga para
deficientes. Eu, particularmente,
quando presencio
isso, espero o dono do carro
chegar para questionar
o porquê dessa atitude”,
finaliza a presidente da
Ascamte.
Foto: Assis Fernandes/ODIA
Por: Natanael Souza - Jornal O DIA