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MP questiona laudo emitido pelo Corpo de Bombeiros sobre Albertão

Para promotora, estádio não está adequado de acordo com a lei, mas Fundespi e Bombeiros dizem que jogo tem condição de acontecer.

13/11/2015 12:18

Em reunião realizada na manhã de hoje (13) o Ministério Público afirmou que o laudo apresentado pelo Corpo de Bombeiros continua sem garantir a segurança total dos torcedores que devem lotar o Albertão na final da Série D neste sábado (14). A promotora Maria das Graças do Monte, questionou o novo laudo e afirmou que o estádio não está adequado de acordo com a lei, embora a Fundespi e os Bombeiros garantam que o evento tem condições de acontecer.

De acordo com o novo laudo, todas as 21 saídas de emergência do estádio estarão sinalizadas por dois homens do corpo de Bombeiros equipados com lanternas, mas o MP julgou a medida ineficiente. Além disso, foram constatadas falhas na sinalização sonora do Albertão e número insuficiente de ambulâncias para atender ao público, bem como número reduzido de extintores de incêndio e falta de um sistema eletrônico de monitoramento da torcida.

Em 2014, o MP entrou com uma liminar pedindo o fechamento do Albertão após constatar uma série de irregularidades em suas instalações que não garantiam a funcionalidade das saídas emergência em caso de necessidade. Em junho daquele ano, o Corpo de Bombeiros apresentou novo laudo garantindo que haviam sido feitos os reparos exigidos, inclusive nas rampas de acesso para cadeirantes. No entanto, esse laudo, que tinha validade de um ano venceu na última terça-feira (10). Por conta disso, o MP questiona a capacidade do Albertão de receber o público de 40 mil pessoas previsto para o jogo do River e Botafgo-SP.


A reunião foi conduzida pelas promotoras Marlúcia Gomes e Maria dos Graças do Monte

“Nós queremos que essas entidades assinem um termo de ajustamento de conduta para que façam reformas completas no estádio, e não apenas pequenos reparos que só acontecem quando tem um evento de grande porte como este”, é o que explica a promotora Maria das Graças. Esse termo prevê, dentre outros pontos, que a Fundespi, a FFP e os Bombeiros iniciem obras emergências no Albertão num prazo de 90 a 120 dias.

De acordo com o representante da FFP, coronel Jaime Oliveira, essas reformas já vêm sendo estudadas e um dos principais pontos é a retirada do fosso que separa as arquibancadas do gramado do estádio. “O fosso tem que sair porque vai possibilitar que os torcedores corram para o gramado em caso de emergência. É assim em todos os estádio mais modernos. O problema é que o Albertão tem estrutura antiga e ainda não se adequa ao Estatuto do Torcedor, que é de 2003”, diz o coronel.

Já o Corpo de Bombeiros disse que os 40 mil ingressos postos à venda levaram em conta a estrutura das 21 saídas de emergência do estádio e sua funcionalidade. A Fundespi ficou responsável pela adequação da iluminação, extintores de incêndio e evacuação de pessoal. Já a Federação se comprometeu com a parte humana da segurança: são dois homens em cada saída munidos de lanternas, 300 policiais militares dentro e fora do estádio, 29 bombeiros para combater incêndio.

O estádio contará ainda com cinco ambulâncias sendo duas dos Bombeiros, duas da Unimed, patrocinadora do River, e uma da Secretaria de Saúde do Estado. Elas estarão equipadas com um médico e dois enfermeiros cada. “Nós proibimos também a entrada de bebidas alcoólicas e qualquer material que possa ser usado como arma”, finaliza o major Veloso.

A Fundespi garantiu que, após o jogo de amanhã, pretende realizar uma intervenção maior e completa do Albertão para adequá-lo ao padrão exigido pela CBF e pelo Estatuto do Torcedor e pediu que o público aproveite a partida e compareça ao estádio com a certeza de que nenhum o jogo acontecerá com toda a segurança possível.

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