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MP investiga empresa que prestava serviços ao Governo Wilson Martins

AFG Construções recebeu mais de R$ 11 milhões do Estado e fechou as portas após fim dos contratos com órgãos públicos.

27/08/2015 13:19

O Ministério Público do Estado abriu investigação para apurar a denúncia de irregularidades na empresa AFG Construções, que prestou serviços ao Estado durante o mandato do ex-governador Wilson Martins, entre os anos de 2010 e 2013. O MP quer saber por que a empresa, que recebeu mais de R$ 11 milhões do Governo, parou de atuar no mercado pouco depois da saída do ex-gestor da chefia do Executivo Estadual e do fim dos contratos com os órgãos públicos.

A construtora, que fica localizada na Avenida Arlindo Nogueira, Centro de Teresina, tem como atividade principal a limpeza em domicílio de prédios e edifícios e como atividades secundárias a construção de edifícios, de redes de esgoto, seleção e agenciamento de mão-de-obra, serviços de engenharia, coleta de resíduos, construção de ferrovias e rodovias e construção de instalações esportivas e recreativas.

Entre 2010 e 2013, a AFG Construções prestou serviços terceirizados a pelo menos 10 órgãos da administração estadual, dentre eles as Secretarias de Fazenda, Educação e Cidades, a Fundação de Esportes do Piauí (Fundespi) e a Emgerpi. Em fevereiro de 2011, a empresa apresentou ainda uma proposta para concorrer ao edital de prestação de serviços ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) no valor de R$ 1.765.454,08 a serem pagos por mês e R$ 21.185.448,96 a serem pagos por ano.

Para a promotora Leida Diniz, que está apurando as denúncias, os valores são muito altos e não condizem com o fato da empresa ter fechado as portas logo após prestar os serviços ao Estado e ainda possuir débitos junto à Justiça do Trabalho. A AFG Construções deixou ainda de pagar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) de seus funcionários a partir de 2014.

Nos contratos firmados com as Secretarias da gestão de Wilson Martins, a AFG Construções recebia montantes que iam dos R$ 443.693,47 até os R$ 1.643.486,25.

O PortalODia.com procurou representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) para falar sobre o caso, mas ainda não obteve retorno.

Por: Maria Clara Estrêla
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